Ibovespa dispara e volta aos 51 mil: Vale e Petrobras ajudam

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O ambiente externo positivo, aliado a valorização das commodities no mercado internacional ajudaram a bolsa brasileira disparar na sessão de ontem. Ao final do pregão, o índice acionário da BM&F Bovespa encerrou a sessão com valorização de 5,01%, aos 51.463 pontos. Em dia de vencimento de opções, o giro financeiro ficou em R$ 7,85 bilhões.

“Como na semana passada foram apresentados dados que mostravam o fraco desempenho da economia real, os investidores aproveitaram que nesta sessão não houve grandes surpresas com indicadores negativos e foram às compras”, afirma Jayme Alves, analista de investimento da Spinelli Corretora de Valores.

A alta das blue chips Vale, Petrobras e os papéis do setor de siderurgia foram o destaque da sessão. “O desempenho destes papéis está relacionado com os preços das matérias-primas em alta no mercado internacional”, acrescenta Alves. No final dos negócios, as ações preferenciais da estatal petrolífera subiram 4,50%, enquanto que os papéis preferenciais da mineradora brasileira ganharam 6,28%.

Na esteira, o preço do barril de petróleo do tipo WTI, com vencimento em junho, encerrou em alta de 4,7%, cotado a US$ 59,01 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex, sigla em inglês). Já o barril do tipo Brent, com vencimento em julho, terminou com valorização 4,6%, negociado a US$ 58,53 no ICE Exchange de Londres.

Já as ações da Sadia e da Perdigão, prestes a anunciarem um acordo, terminaram a sessão de ontem em alta de 2,94% e 1,40%, respectivamente. A expectativa pelo anúncio oficial da fusão entre as duas empresas agitou os negócios No total, a nova companhia acumulará dívidas de R$ 10,4 bilhões, dos quais R$ 3,23 bilhões de curto prazo, todo valor vindo do passivo circulante da Sadia. A relação da dívida líquida total com o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) é de 4,5 vezes.

No âmbito externo, o mercado repercutiu notícias positivas dos bancos norte-americanos. Nesta segunda-feira, o banco Goldman Sachs elevou sua estimativa de lucros para até 2011. Além disso, a instituição recomendou a compra dos papéis de outro banco americano, o Bank of America.

Ânimo com bancos

No cenário corporativo, destaque para a seguradora AIG, que informou que pretende levantar mais de US$ 4 bilhões com o Oferta Pública Inicial de Ações (IPO, na sigla em inglês) de sua subsidiária asiática.

Ainda por lá, a Associação Nacional dos Construtores (NAHB, na sigla em inglês) informou ontem que o índice de confiança das construtoras no mercado imobiliário dos Estados Unidos apresentou melhora pelo segundo mês consecutivo. Dados divulgados mostram que, em maio deste ano, o indicador chegou a 16 pontos, sinalizando confiança na recuperação econômica.

“O sentimento no mercado melhorou um pouco em relação ao mês passado, sinalizando que a pior queda no setor imobiliário já passou”, complementa o analista de investimento da Spinelli Corretora de Valores.

Fonte: Estadão


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