A constatação de que, até meados da década de 1970, o mercado nacional ainda se ressentia da falta de ofertas de soluções integradas dentro da engenharia consultiva foi a principal motivação para que os engenheiros Salim Lamha Neto e Eduardo Luiz de Brito Neves se associassem para criar a MHA Engenharia. Isso aconteceu em 1975, quando perceberam que era possível criar soluções criativas para a concepção dos empreendimentos. Eles inovaram, então, passando a oferecer, num só pacote, a elaboração de projetos de hidráulica, elétrica e ar-condicionado. Isso fez com que a MHA logo se estabelecesse como uma empresa diferenciada das demais. Empreendimentos maiores e mais significativos começaram a surgir ainda na mesma década, muitos deles ligados ao setor da saúde. Os fundadores da MHA eram engenheiros mecânicos e, por isso, investiram também nos projetos de tubulações, parte essencial dos hospitais que não era executada pelos projetistas prediais da época. Foi o primeiro passo para que, em sua segunda década de atuação, a empresa começasse a se firmar como uma das maiores especialistas no País em edificações hospitalares. A busca por novos campos de trabalho sempre foi uma das motivações da companhia que, em apenas dez anos, incluiu entre suas atividades o cálculo estrutural e o gerenciamento de obras. Buscou também a diversificação, participando de projetos de instalações industriais, shopping centers, hotéis, teatros, agências bancárias e centros administrativos. Nos anos 1990, com a conquista da estabilidade política e econômica do Brasil, grandes empresas internacionais de engenharia começaram a marcar presença no País, surgindo inúmeras e bem-sucedidas parcerias, assim como novas possibilidades de mercado no exterior. A partir de 2002, apareceram oportunidades nas áreas de petróleo e indústria pesada. Paralelamente, a MHA Engenharia identificou pessoas-chave em sua estrutura, deu oportunidades de crescimento e, antecipando o planejamento de sucessão, ampliou a equipe de gestores e deu a eles mais responsabilidade. A empresa buscou associar-se aos profissionais com vasta experiência em suas áreas de atuação, de modo a garantir a qualidade que há 35 anos vem sendo uma de suas marcas mais sólidas. Obras e qualidadeHoje, a MHA tem mais de 2.300 obras em seu currículo e 23 milhões de m2 projetados nas mais variadas áreas. Além do Brasil, atua no Chile, Peru e Equador e avança no continente africano. Dentro do espírito de empreendedorismo, a MHA Engenharia sempre busca inovar no seu trabalho, oferecendo soluções completas de projetos, integrando todos os serviços possíveis, sempre acompanhando as tendências e mudanças. Paralelamente, a empresa não descuida do seu rigoroso controle de qualidade. Em 1999, a obtenção do certificado ISO 9001 coroou uma década de ouro e estabeleceu as bases para os desafios dos anos seguintes. Dez anos depois, a conquista dos certificados ISO 14001 e OHSAS 18001 garantiu à MHA o ingresso no seleto clube das empresas brasileiras de engenharia triplamente certificadas. Ampliação do IncaCom projeto elaborado pela MHA Engenharia em associação com a RAF Arquitetura, o novo Campus Integrado do Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Rio de Janeiro, terá uma área construída de 148.000 m2. Trata-se do principal centro de desenvolvimento científico e de inovação para o controle do câncer no País. Com origens que remontam à década de 1930, o INCA foi aos poucos consolidando sua liderança no controle da doença no Brasil. Centro médico-hospitalar especializado, de ensino e de pesquisa, a instituição adquiriu a responsabilidade de assistir o Ministério da Saúde na formulação da política nacional de prevenção e controle do câncer. Nas últimas décadas, inaugurou um centro de suporte terapêutico especializado, criou um conselho de bioética e participou do planejamento de centros de oncologia em hospitais em todo o país. Com todas essas novidades, sentiu-se a necessidade de integrar as unidades do INCA. Para manter a qualidade dos serviços, fez-se necessário o planejamento de uma reforma e ampliação. Vencedor da licitação internacional para elaboração do projeto das novas instalações do INCA, o consórcio MHA Engenharia e RAF Arquitetura empregam soluções atuais que trarão benefícios ao meio ambiente. "Itens como economia de energia e reaproveitamento de água estarão presentes para que, no futuro, o complexo possa obter a certificação verde, que reconhece empreendimentos projetados e operados visando a diminuição dos impactos ao meio ambiente", explica o vice-diretor do INCA e coordenador do comitê estratégico do novo Campus, Luiz Augusto Maltoni. Com experiência em projetos sustentáveis e sócia-fundadora do Green Building Council Brasil, a MHA, segundo os fundadores, sempre demonstrou preocupação com o meio ambiente. Uma série de ações previstas no projeto do INCA tem a sustentabilidade como premissa: canteiro de obras de baixo impacto, cobertura verde, uso de tintas a base de água nas áreas internas, elevadores inteligentes, torneiras com temporizador de vazão e arejadores, vasos sanitários com válvula de duplo fluxo, reuso de água, valorização da iluminação natural, lâmpadas de alta eficiência e baixo consumo, coleta seletiva de lixo e gestão de resíduos, coletor solar para pré-aquecimento da água, células fotovoltaicas para geração de energia elétrica, pavimentação drenante, proteção solar nas fachadas, bicicletário, etc. Estes sistemas e funcionalidades são integrados no projeto para proporcionar não só a gestão de energia altamente eficiente, mas também permitir a seus ocupantes maior conforto e qualidade de vida. O novo Campus Integrado reunirá as unidades assistenciais da instituição, integrando ensino, pesquisa, assistência e administração. Ele servirá de modelo para os Centros de Referência de Alta Complexidade em Oncologia. "Estamos projetando as melhores instalações possíveis, para ser uma obra de primeiro mundo", explica o engenheiro Washington Luiz de Souza Júnior, coordenador adjunto do projeto dentro da MHA Engenharia. "É para ser um hospital de referência, não só em pesquisa e tratamentos na área da oncologia, mas também em arquitetura, em instalações, etc.", destaca Souza Júnior. Fonte: Estadão