Seis novas áreas serão licitadas nos portos do Rio e Itaguaí
A PortosRio, autoridade portuária responsável pelos terminais do Rio de Janeiro, Itaguaí, Niterói e Angra dos Reis, prevê a licitação de seis áreas nos portos do Rio de Janeiro e Itaguaí, com potencial de atrair R$ 2,5 bilhões em investimentos privados. Os projetos incluem expansão ferroviária e a instalação de um novo terminal de minério no Porto de Itaguaí.
Itaguaí se consolidará como maior porto público exportador de minério
O destaque da licitação é a área ITG03, entre as operações da Vale e CSN, que receberá mais de R$ 2 bilhões em CAPEX. O projeto visa transformar Itaguaí no maior porto público exportador de minério de ferro do Brasil, com terminal moderno e sustentável. O porto já movimenta 103 milhões de toneladas/ano e tem estrutura com:
- 2.200 metros de cais
- 8 berços de atracação
- Profundidade de até 20 metros
- 339 mil TEUs de capacidade em contêineres
Atuam no terminal empresas como Maersk, Hamburg Süd, MSC, CMA CGM, Hapag-Lloyd e outras.
Obras no Porto do Rio modernizarão estrutura e aumentam atratividade
Além de Itaguaí, a PortosRio também realizará obras importantes no Porto do Rio, incluindo:
- Dragagem do Cais da Gamboa e Canal 366
- Reforço de mais de 1.000 metros de cais
- Estudos para ampliação da retroárea, com estrutura sobre a Baía de Guanabara
Mesmo com limitações físicas, o porto movimenta cargas como contêineres, veículos, trigo, gusa e possui excelente terminal de cruzeiros. A meta é torná-lo um terminal concentrador de cargas no Sudeste.
Histórico, estrutura atual e desafios financeiros
Inaugurado em 1910, o Porto do Rio conta com:
- 6,7 km de cais acostável
- 31 berços de atracação
- Área operacional de 1 milhão de m²
- 15 pátios abertos e 18 armazéns
Apesar do superávit operacional (faturamento anual de R$ 900 milhões e movimentação de 70 milhões de toneladas), a PortosRio trabalha para reduzir passivos trabalhistas e dívidas históricas, que somam cerca de R$ 1 bilhão.
Expectativas para 2024
A empresa aposta em licitações, ampliação de infraestrutura e novos arrendamentos como vetores de crescimento. O presidente Francisco Martins reforça o otimismo:
“Nosso desafio é consolidar os portos do Rio como ativos estratégicos, atrair investimentos e gerar mais receita, emprego e competitividade logística para o Estado.”
