Para garantir rapidez de aplicação e também praticidade nas obras de construção do Itaquerão, na Zona Leste de São Paulo, escolhido para receber o jogo inaugural da Copa do Mundo de 2014, algumas soluções construtivas em ambientes e áreas específicos têm sido adotadas pela construtora responsável pela execução do projeto, a Odebrecht.
No caso de camarotes, áreas de alimentação, vestiários e em alguns pontos para fechamento de espaço, a solução encontrada foi a utilização intensiva de drywall (chapas de gesso) como paredes e forros, com alto desempenho termoacústico. No caso do Itaquerão, foram aplicadas da marca Gypsum, do grupo belga Etex.
Até o momento, já foram utilizados cerca de 40 mil m² do material. “Mas crescerá em função do cronograma e das necessidades de se adotar um sistema construtivo mais rápido”, conta Alexandre Horta, gerente da regional São Paulo da Gypsum.
No estádio, foi preciso um estudo mais detalhado da introdução do produto por conta da dilatação prevista na estrutura de concreto. No uso da chapa de gesso como divisória dos camarotes, foram inseridas, por exemplo, chapas de gesso em perfis independentes em uma mesma divisão, criando um vão entre eles para facilitar a movimentação da estrutura – os camarotes estão localizados justamente abaixo das arquibancadas superiores do Itaquerão.
A montadora das chapas de gesso é a PGL, que conta de 20 a 60 operários para a colocação do produto no estádio.
No Itaquerão, o uso de drywall como forro tem um conjunto de especificações que envolve espaço entre a chapa e a estrutura de concreto, bem como o número de chapas sobrepostas para obtenção de melhores resultados. Também usou-se drywall como revestimento em trechos de pilares localizados nos camarotes.
Na fachada leste da arena, que é o principal acesso do público às arquibancadas, o acabamento está sendo feito com outro produto: o steel frame (chapa de aço).
Drywall aplicado no acesso aos camarotes
(Augusto Diniz)
Fonte: Revista O Empreiteiro