Pacote econômico do governo federal beneficia o setor de habitação. Taxas de juros baixos e recursos para financiamento levantaram o mercado imobiliário, além de impulsionar a economia, gerando empregos em construção civil. Segundo especialistas da área, o crescente aumento do setor está relacionado à redução das taxas de juros, voltado às classes de menor renda.
Conforme Antônio Carlos Mendes, o corretor e delegado do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Estado de Minas Gerais, as expectativas do mercado imobiliário são ótimas. Segundo o delegado do sindicato, até o momento foram vendidas 180 casas, este ano. “As vendas subiram, através do programa do governo federal ‘Minha Casa, Minha Vida’, fazendo baixar o valor da prestação de financiamento, quando o valor de prestação era R$ 376,50 e passou para R$ 238,50. O governo oferece subsídios aos moradores, juros baixos, prazo maior para pagar, renda informal. Se o mutuário perder o emprego depois de um ano, pode ficar durante três anos sem pagar prestação, é um fundo garantidor da Caixa Econômica para quem paga as prestações”, ressalta.
Valor máximo do imóvel financiado – De acordo com Mendes, o valor do imóvel não poderá ser maior que R$ 130 mil nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro e ainda no Distrito Federal. Serão também R$ 100 mil nos municípios com mais de 500 mil habitantes, demais regiões metropolitanas das capitais e Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal, e R$ 80 mil nos outros municípios. “Esse é o momento para realizar o sonho da casa própria. As classes baixa e média não podem perder essa chance. Se uma pessoa comprar uma casa hoje, como exemplo, de R$ 55 mil, o valor da prestação será de R$ 270. A renda é de zero a três salários mínimos”, explica Mendes.
O engenheiro civil, corretor e empresário Hermínio Bizinoto Júnior observa que, no momento, com o financiamento da Caixa Econômica, o mercado imobiliário aqueceu, oferecendo oportunidade de empregos, pois o sentido é grande para casas novas, gerando emprego civil. É a oportunidade de pessoas de baixa renda terem a casa própria. Pessoas com baixa renda conseguem acesso à casa própria através do programa do governo federal.
“O mutuário paga 10% do salário mínimo (de zero a três salários, no programa “Minha Casa, Minha Vida”). Essas casas serão construídas através de convênios, como órgãos públicos: Cohagra, Prefeitura Municipal de Uberaba, etc. Com a disponibilidade de casas que vierem para Uberaba serão distribuídas para os mutuários”, diz.
Hermínio destaca que a faixa que foi muito beneficiada são as pessoas que recebem acima de três salários mínimos (R$ 2.325), que pode ter um subsídios de até R$ 17 mil na compra de uma casa no valor inferior a R$ 80 mil em Uberaba. “O subsídio é uma parte do governo que entra como recurso próprio, entra com dinheiro da União fazendo uma contrapartida para a pessoa adquirir o imóvel. Casas abaixo de R$ 80 mil têm tido uma comercialização muito boa e rápida. Várias pessoas e engenheiros estão entrando nesse segmento construindo imóveis, para vender a casa. Temos tido bastante clientes em Uberaba, muitos já iniciaram a construção e ainda tem muito espaço disponível para outras pessoas”, finaliza Hermínio.