O Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento do Estado de São Paulo (Sinprocim) lança o livro “Uma História Concreta de Lutas e Conquistas”, que celebra os 80 anos de atuação da entidade. A obra reúne fatos que marcaram a trajetória do sindicato e da indústria de produtos de cimento e da própria construção civil brasileira. O livro será distribuído a autoridades, associados, lideranças e empresários da cadeia produtiva da indústria da construção.
O livro faz uma viagem no tempo e remonta aos primórdios, passa pelo desenvolvimento da construção no Brasil até chegar aos dias de hoje. São seis capítulos: Produtos de cimento no Brasil e no Mundo; A trajetória de uma entidade; Depoimentos; ConstruBusiness, Galeria dos Presidentes e A Indústria e a Sustentabilidade.
A obra traz ainda exemplos de como o homem experimentou misturas para construir grandes monumentos, como as Pirâmides do Egito e a Muralha da China. O livro aborda a descoberta do cimento, como o produto é conhecido até hoje, em 1830, por Joseph Aspdin, fabricante do Reino Unido.
A história de como a mistura de pedras calcárias e argila queimada a altas temperaturas foi patenteada com o nome de cimento Portland, por apresentar a cor e a durabilidade das rochas da ilha britânica de Portland também é retrada na obra. O livro conta que, a partir de 1843, o produto começou a ser comercializado na Europa e três décadas depois chegou aos Estados Unidos.
A história da produção de cimento no Brasil também é retratada no livro. A primeira iniciativa no País remonta a 1892, na Paraíba, que não vingou devido à distância dos grandes centros. A segunda é de 1897 sobre a Usina Rodovalho, em São Paulo, considerada a pedra fundamental da indústria de produtos de cimento no Brasil. A usina funcionou até 1904 quando foi arrematada e em 1918 passou para as mãos da Votorantim.
A primeira fábrica de cimento no Brasil, segundo o livro do Sinprocim, só saiu do papel vinte anos depois com a inauguração em 1923 da Companhia Brasileira de Cimento Portland, em Perus, São Paulo. Até então, o consumo de cimento no País dependia exclusivamente do produto importado. A produção nacional foi gradativamente elevada com a implantação de novas fábricas e a participação de produtos importados oscilou durante as décadas seguintes, até praticamente desaparecer nos dias de hoje.
Diante da produção crescente, os empresários do setor decidiram se reunir, criando o Sinprocim , em 1934. Hoje, Sindicato representa mais de oito mil indústrias de produtos de cimento em todo o País, com faturamento de R$ 9,4 bilhões e gerando 126 mil empregos.
Obra conta a trajetória dos 80 anos do Sinprocim
Fonte: Sinprocim