Com a descentralização das frotas de equipamentos, provocada pela redução do poder de compra das grandes construtoras envolvidas em escândalos de corrupção, o mercado da linha amarela no Brasil passa por uma transformação. Para Felipe Cavalieri, presidente da BMC-Hyundai, esse cenário abre espaço para que as empresas de locação de máquinas assumam um papel protagonista no setor de infraestrutura.
Segundo o executivo, novas construtoras, nacionais e internacionais, começam a ocupar posições estratégicas na execução de obras públicas e privadas. No entanto, muitas delas enfrentam limitações de crédito e falta de tempo hábil para estruturar uma frota própria.
“Essas empresas tendem a buscar parceiros locadores estruturados, que ofereçam frotas mobilizadas de forma rápida e eficiente”, afirma Cavalieri.
“Os locadores prontos para essa demanda terão papel decisivo no avanço da infraestrutura nacional.”
Vendas em volume ainda estagnadas, mas perfil de consumo muda
Cavalieri observa que, em termos de volume de vendas de máquinas, o mercado não melhorou significativamente em comparação com o ano anterior — e chegou a registrar quedas em alguns meses de 2017, em relação a 2016.
No entanto, há um fator positivo: o perfil de consumo mudou.
Setor de locação (rentals) cresceu e assumiu a liderança da demanda;
Mercado agrícola e outros nichos antes menores também vêm ganhando destaque.
“Essa mudança de perfil aponta para um novo modelo dominante para os próximos anos, com o rental como tendência principal, não apenas uma alternativa temporária”, conclui o presidente da BMC-Hyundai.
