Para aumentar a capacidade de produção de peróxido de hidrogênio no Brasil e no Chile, a Peróxidos do Brasil, joint venture entre o grupo belga Solvay e a PQM (Produtos Químicos Makay), está investindo US$ 78 milhões, cerca de R$ 370 milhões ao câmbio atual. O objetivo é de alcançar a produção de 300 mil toneladas por ano até 2024, a fim de acompanhar o crescimento dos clientes na América do Sul. Segundo o presidente da companhia em matéria ao jornal Valor Econômico, a demanda pelo composto químico, que em solução aquosa é conhecido como água oxigenada, seguirá avançando na América do Sul nos próximos anos, impulsionada principalmente pelas novas fábricas de celulose, justificando o novo ciclo de crescimento da empresa: “Estamos nos posicionando para capturar esse crescimento”.
Entre 2021 e 2025, a expectativa é que o mercado brasileiro de peróxido de hidrogênio cresça a uma taxa média anual de 7%, enquanto as exportações devem avançar 9%. Pelo menos quatro grandes projetos de celulose, que usa o insumo na etapa de branqueamento, já saíram ou começaram a sair do papel na região. A Bracell expandiu as operações da antiga Lwarcel em Lençóis Paulista (SP), a Arauco está ampliando uma de suas fábricas no Chile (projeto Mapa), a UPM está a caminho de iniciar as operações da nova unidade no Uruguai e a Suzano está executando o projeto Cerrado, em Mato Grosso do Sul, que compreende a instalação da maior linha única de produção de celulose de eucalipto do mundo.
Na planta industrial de Curitiba, no Brasil, a capacidade de produção atual de 230 mil toneladas por ano será elevada para 250 mil toneladas por ano com a conclusão dos investimentos nas linhas de fluidos do processo de síntese de peróxido de hidrogênio. Em Imperatriz, a exclusiva tecnologia myH2O2® implantada pela empresa recebeu recentemente uma nova geração de catalisador.
No Chile, prosseguem as obras da nova unidade de produção de peróxido de hidrogênio no Parque Industrial de Coronel, na região de Bio Bio, a primeira unidade industrial desse produto do país.
A Peróxidos do Brasil é considerada maior planta de peróxidos de hidrogênio para o mercado do mundo, com a produção de 230KT/ano. Sua logística conta com três terminais de distribuição, localizados na Argentina, Chile e Colômbia.