Estrutura estratégica para o negócio da Piraquê, a edificação, com cinco pavimentos e aproximadamente 30 m de altura, tem cerca de 5.200 m² de área total. Com o uso de lajes alveolares, cada pavimento apresenta pé-direito de 6 m. No local, serão instalados oito silos de até 132 t cada um, na cota de 10 m.
O projeto original previa que a torre fosse construída em concreto moldado in loco. Porém, após diversos estudos e cálculos, a Marco optou por trabalhar com pré-moldados. O objetivo era obter maior velocidade na construção do setor da fábrica que precisava ficar pronto o quanto antes para o início da complexa montagem industrial, a cargo de outras empresas. Além disso, o escoramento para a concretagem in loco seria um trabalho bastante complexo, caso prevalecesse o projeto original.
Tergolina conta que a praticidade da estrutura pré-fabricada, levando-se em conta os custos diretos e indiretos, prevaleceu em termos financeiros diante das opções convencionais de construção. O engenheiro explica que o posicionamento e a quantidade de pilares de apoio da estrutura foi determinado com base no layout dos equipamentos. “Isso resultou em vãos de viga de aproximadamente 7,5 m e lajes com aproximadamente 6 m”, ressalta.
O diretor geral da Marco conta que as mudanças no projeto original foram precedidas de reuniões com a equipe de arquitetura e com a empresa encarregada da montagem industrial. “Buscamos informações mais precisas a respeito dos carregamentos estáticos e dinâmicos dos diversos equipamentos e silos que seriam instalados sobre os pavimentos”, explicou.
Com aprovação da arquitetura e com as informações do fornecedor, Tergolina diz que o lançamento da estrutura foi baseado em três premissas básicas: carregamentos atuantes, geometria das instalações e sequência de montagem. “Essas premissas determinaram o modelo estrutural final”, afirma.
Rebuscado
O bloco1, a maior estrutura do complexo industrial da Piraquê, com cerca de 18 mil m², em dois pavimentos, é o prédio onde funcionará o processo de fabricação e de embalagem dos biscoitos produzidos na unidade. “Todas as utilidades passam por essa estrutura, e tudo precisa estar absolutamente operacional”, destaca o gerente de obras da Marco.
A área possui poucos pilares internos, com vãos de 20 m de extensão. “No espaço destinado a área de produção, quanto menores as interferências, melhor para o processo”, enfatiza Rödel. E isso foi obtido com a combinação de estruturas metálicas com as de concreto, frisa.
Outro prédio que demandou atenção especial da engenharia da Marco foi o do Bloco 3, destinado ao recebimento e estocagem de matérias primas fracionadas. O espaço conta com docas para recebimento de produtos e portas seccionadas.
Concretado in loco, em vez de pré-moldado, como no restante do conjunto, o prédio que abrigará a direção e o setor administrativo da fábrica, no Blogo 4, se diferencia das demais áreas do empreendimento. “É bem mais rebuscado do que o restante da construção”, ressalta o gerente da obra.
O material utilizado no acabamento cria um interior mais estético para o espaço de trabalho administrativo dentro do site da fábrica de biscoitos. Piso elevado, porcelanato, mármore, aço inox, louças e metais de primeira linha são alguns pontos altos dos dois pavimentos, com pouco mais de 850 m² de área total.
Ficha Técnica – Fábrica de Biscoitos Piraquê em Queimados (RJ)
– Proprietário: Indústria de Produtos Alimentícios Piraquê
– Ramo de atividade: Produtos Alimentícios
– Área total: 72.509 m²
– Área construída: 39.676 m²
– Início da obra: Agosto/2015
– Conclusão da obra: Novembro/2015
– Projeto: Concremat – Soluções Integradas de Engenharia
– Construção: Marco Projetos e Construções
– Gerenciamento: Concremat – Soluções Integradas de Engenharia
Fonte: Revista O Empreiteiro