
No quesito manutenção de rodovias, cujo órgão executor é o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), 49.275 km foram contratados até junho: 4.415 km de restauração; 10.930 km de conserva; 18.360 km de Crema (Contrato de Restauração e Manutenção) primeira etapa; e 16.020 km de Crema segunda etapa. Outros 15 mil km na modalidade Crema devem ser contratados ainda este ano.
Entre as obras concluídas, destaca-se a duplicação da BR-101/SC, entre o município de Palhoça (SC) e a divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul, totalizando 249 km (do km 216,5 ao km 465). Contratada pelo Dnit, a execução terminou em março, com investimento de R$ 2,40 bilhões.
No chamado Eixo Transportes, que computa todos os investimentos em todos os modais, estão previstos recursos de R$ 58,9 bilhões dentro do PAC 2.
Veja a seguir os principais empreendimentos rodoviários concluídos ou em execução, de acordo com o décimo balanço.
RODOVIAS FEDERAIS
Obras concluídas – 4.416 km (Destaques) | |||
BR-060/GO | Duplicação Lotes 0, 3, 4 e travessia de Rio Verde | 119 km | jun./2014 |
BR-110/RN | Construção e pavimentação Mossoró – Campo Grande | 78 km | jun./2014 |
BR-408/PE | Duplicação Carpina – entrocamento BR-232 | 22 km | jun./2014 |
BR-101/SE | Lote 3 | 30 km | abr./2014 |
BR-101/SC | Duplicação Palhoça – Divisa SC/RS | 142 km | mar./2014 |
BR-251/MG | Travessia de Unaí | 8 km | mar./2014 |
BR-135/MG | Montes Claros – entrocamento BR-040 | 197 km | jan./2014 |
Obras de construção e pavimentação em andamento – 4.674 km (Destaques) | |||
BR-319/RO | Construção de ponte sobre o Rio Madeira | 1 km | 98% realizados |
BR-163/PA/MT | Santarém – Guarantã do Norte | 999 km | 73% realizados |
BR-101/SC | Construção ponte de transposição da Lagoa do Imaruí | 3 km | 73% realizados |
BR-235/PI | Construção Gilbués – Divisa PI/MA | 130 km | 69% realizados |
BR-242/MT | Construção Querência – Sorriso | 481 km | 40% realizados |
BR-101/SE | Ponte sobre o Rio São Francisco | 860 m | 13% realizados |
BR-020/CE | Construção de ligação entre ponte Sabiaguaba e Anel Viário de Fortaleza | 14 km | 7% realizados |
Obras iniciadas – 584 km (Destaques) | |||
BR-146/MG | Pavimentação Passos – Bom Jesus da Penha | 44 km | jun./2014 |
BR-101/SC | Adequação Contorno do Morro dos Cavalos | 3 km | mai./2014 |
BR-381/MG | Duplicação Governador Valadares – Belo Horizonte | 317 km | mai./2014 |
BR-235/PI | Construção divisa BA/PI – Bom Jesus | 151 km | mai./2014 |
BR-282/SC | Travessia de Xanxerê | 14 km | abr./2014 |
BR-154/MG | Pavimentação entrocamento BR-364 – entrocamento BR-365 | 51 km | abr./2014 |
BR-235/BA | Construção lotes 1 e 5 | 155 km | abr./2014 |
Fonte: Décimo balanço do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Março a junho/2014
Opinião
Oportunidade à infraestrutura
*José Alberto Pereira Ribeiro
O Brasil vive em 2014 um ano de eleições e, este, é um bom período para se repensar e salvar a infraestrutura de transportes do País, que vem sendo destruída pela falta de investimento.
Se olharmos a economia brasileira, hoje, constatamos facilmente que o crescimento tem sido modesto nos últimos anos. Alguns setores cresceram, como o agronegócio; outros estão paralisados, como a indústria, que estagnou; e outros retrocederam e começam a comprometer o desenvolvimento do País, como é o caso da infraestrutura de transporte – rodovias, ferrovias, hidrovias e portos.
A nossa infraestrutura está atrofiada por falta de investimentos durante décadas. A infraestrutura de transportes, em especial, continua acanhada em relação à dimensão da nossa economia (apontada como a sétima do mundo); à extensão do nosso território e a ao aumento de nossa população, hoje de 203 milhões de pessoas.
É óbvio que o Brasil não pode pensar em crescer a taxas de 5% ao ano sem ter capacidade para escoar a produção e atender ao mercado interno e externo. A infraestrutura de transporte é hoje o gargalo que impede o crescimento a altas taxas e falta ao País um planejamento adequado para resolver esse problema.
No entanto, há, dentro desta atividade, grandes oportunidades de negócios e de mudanças, se soubermos discutir no processo eleitoral como realizar os grandes projetos que podem acabar com o gargalo que trava o País. São projetos que podem ser executados pela iniciativa privada, pela União, estados e municípios. Usando o atraso da infraestrutura de transportes como uma grande opção de investimentos, poderemos alavancar o nosso desenvolvimento nos próximos dez anos.
A eleição é o momento de avaliar o que deu certo e o que deu errado e de avaliar o que fazer, em conjunto com a sociedade, do ponto de vista de novos projetos e novas metas.
O Brasil de hoje tem 1,7 milhão de km de rodovias, mas apenas 215 mil km estão asfaltados. Isso é muito pouco. Mais de 1,3 milhão de rodovias pertencem aos estados e municípios. Eles podem dar uma boa resposta se houver mobilização e planejamento para as suas ações. A França e a Alemanha, que têm um território igual ao do Estado de São Paulo, têm mais de 890 mil km de rodovias asfaltadas. A Rússia, o Canadá e a Índia têm mais de 500 mil km e a China, mais de um milhão. Os Estados Unidos têm mais de 3,5 milhões de km de rodovias asfaltadas de um total de 6 milhões de km de rodovias. O Brasil, portanto, que dispõe dessa dimensão continental e conta om o terceiro maior território e a segunda maior frota de veículos do mundo, só tem 215 mil km de rodovias asfaltadas. A União está fracassando no planejamento e na execução de obras nessa área, que é um dos grandes gargalos de nossa economia e poderia estar puxando o desenvolvimento do País.
Na área de ferrovias o Brasil também está muito atrasado. E o mais estranho é que não faltam recursos. Nos últimos anos, não conseguimos investir no setor os recursos orçamentários previstos no orçamento do Dnit para desenvolver esses modais de transporte. Foram recursos aprovados pelo Congresso, reservados pelo Tesouro e que voltaram por falta de aplicação. No ano passado, por exemplo, o Dnit tinha R$ 13 bilhões no orçamento para investir e só conseguiu investir R$ 6,5 bilhões, repetindo a mesma situação de anos anteriores.
No tempo do PAC 1, o governo contava com recursos da Cide-combustível, um tributo criado há 12 anos para investir especificamente em infraestrutura de transporte. Este recurso destinava 29% de sua receita aos estados para aplicar em rodovias, ferrovias e metrôs. A receita aplicada nos estados era de R$ 2,9 bilhões por ano. O Estado de São Paulo, por exemplo, recebia R$ 400 milhões/ano.
Contudo, o Brasil cresceu modestamente — menos de 2% em média — nos últimos anos, porque parou de investir no setor de construção e deixou que o setor de transporte se transformasse em um gargalo que impede a circulação de mercadorias.
Neste momento, portanto, é necessário analisar com mais atenção essas informações. E se torna urgente que tenhamos uma agenda positiva, capaz de ajudar o País a construir uma boa estrutura de transporte em favor do crescimento econômico.
*José Alberto Pereira Ribeiro é presidente da Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias (Aneor)
Quarta ponte de Vitória (ES)
A EGT Engenharia, fundada em 1994, desenvolve projetos de engenharia civil e atualmente trabalha na realização da quarta ponte de Vitória (ES). O viário localiza-se sobre a Baía de Vitória, ligando a Rodovia do Contorno – BR-101, em Cariacica, e a Rodovia Serafim Derenzi, em Vitória.
A estrutura terá a implantação de quatro faixas para o tráfego de veículos, sendo duas por sentido, duas faixas exclusivas para corredor de ônibus do tipo Bus Rapid Transit (BRT), e duas faixas para passeio e ciclovia, com extensão total de 13,60 km e 76.500 m2 de área de tabuleiro de obras de arte especiais.
Os seguintes tipos de estruturas compõem as obras de arte especiais da travessia: ponte estaiada com aduelas pré-moldadas, com vão central de 200 m e vãos laterais de 90 m; obras em balanços sucessivos moldados in loco, para os acessos à ponte no município de Vitória e para viaduto sobre o Manguezal (Parque Natural Municipal do Manguezal de Itanguá); obras em vigas pré-moldadas, do trecho do início da ponte no município de Cariacica, passando sobre a via férrea seguindo na direção da BR-101; e obra em caixão para o viaduto sobre as pistas com destino ao Terminal de Itacibá.
A maior parte da ponte será construída sobre a baía, com fundações em tubulões mecanizados com ponta fixada na rocha. A altura do vão central da ponte é de 20 m acima do nível d’água médio, mantendo-se com cota compatível da parte elevada no município de Cariacica.
Fonte: Revista O Empreiteiro