Newsletter eletrônico da revista Engineering News Record, de Nova York, parceira editorial da revista O Empreiteiro, envie alertas quase diárias aos seus assinantes sobre fatos importantes do mercado global
Na edição que circulou em 5 de agosto passado, o newsletter Insider da revista ENR, com quem a revista O Empreiteiro faz intercambio exclusivo de conteúdo editorial, traz um projeto para coleta de água contida no nevoeiro de verão que se repete em Omã, numa região desértica da Península Arábica. O projeto é coordenado pela empresa canadense Fogquest, com apoio da Mitsubishi Corporation do Japão, consiste em montar quatro redes de 20 m de largura por 3 m de comprimento nas paredes laterais de um reservatório, de 400 m3 de capacidade. Esta instalação fica a 700 m acima do nível do mar, nas montanhas Al Quara, perto de Salalah.
Quando o nevoeiro de verão se forma, chamado pelos habitantes de khareef, gotículas d’água são capturadas pela rede e caem no reservatório. No ano passado, esse fenômeno climático foi fraco e produziu apenas 200 m2 d´agua, que foi utilizada para irrigar espécies plantadas para reverter a desertificação dessa região, incluindo 250 arvores nativas.
Ao final do projeto em 2013, espera-se que tenha sido criado um cinturão verde de 4 km, contendo cerca de mil arvores. Omã fica de frente ao Mar Arábico e se beneficia dos monções anuais que ocorrem nosubcontinente indiano. Em Salalah, o nevoeiro proveniente dos monções sobe as montanhas antes de se dispersar no deserto de Rub AL Khali.
Segundo Robert Schemenauer, diretor da Fogquest, esses coletores são um valioso fonte dágua porque os fenômenos climáticos de larga escala, como os monções, não costumam mudar ao longo de muitos anos. Isso significa que a instalação dos coletores pode funcionar por tempo indeterminado.
Existem projetos similares no Chile, Equador e Eritréia na África. Um sistema instalado em Falda Verde, no Chile, produz 600 litros dágua todo dia para uso agrícola.
Sinohydro ampliará geração na barragem de Kariba
Sustentando sua atuação agressiva no continente africano, a China assinou acordos iguais com Zimbabwe e Zâmbia, no valor de US$ 400 milhões, para modernizar as duas usinas de geração elétrica da barragem de Kariba, alojadas em cavernas em cada lado do rio que faz divisa entre os dois países, em operação há 55 anos. A empresa de engenharia responsável é a Sinohydro chinesa, contratada para outros oito projetos hidrelétricos na África.
A obra em Zimbabwe consiste em modernizar as seis turbinas existentes, além de duas turbinas novas de 150 MW, elevando quando concluída a 1300 MW a capacidade atual.. Um trabalho similar foi iniciado no lado da Zâmbia em março de 2009, com a instalação de duas turbinas novas de 360 MW, aumentando o total gerado para 1080 MW, a ser comissionado em 2011.
Outros investimentos da China em geração na África abrangem os projetos de Bui, na Gana; Dikigatlhong, Botswana; Grand Poubara, em Gabão; Imboulou, no Congo; Merowe, em Sudão; Tekeze, na Etiópia; e Zungeru, na Nigéria.
Calatrava cria ponte ferroviária suspensa em Denver
A administração do aeroporto de Denver, EUA, devem decidir até final do ano se irão adotar o projeto do polemico arquiteto e calculista Santiago Calatrava-uma ponte ferroviária suspensa por um arco simétrico, em concreto e aço, cujo perfil inusitado relembra suas conhecidas obras . O único problema é o custo da ponte, de US$ 60 milhões, o dobro de uma estrutura tradicional.
A ponte faz parte da ampliação do terminal sul do aeroporto, ao custo de US$ 650 milhões, que inclui um hotel, uma estação e um ramal ferroviário, a ser financiado , construído e operado por uma parceria publico-privada, durante 46 anos. O concessionário é constituído pela Macquarie, da Austrália, e a Flúor americana.
A ponte consiste uma viga caixão no vão de 209 m, pendurada por cabos no arco.
Caterpillar retoma investimentos impulsionada
pelos mercados emergentes
Emergentes são uma expressão que mudou de significado ao designar economias de países de crescimento apenas mediano. A palavra passou a nomear os países que puxam a expansão econômica global, como China, Índia e Brasil. A Caterpillar, o maior fabricante mundial de equipamentos de construção, anunciou a retomada de uma serie de investimentos para aumentar sua capacidade de produção, privilegiando a região central dos EUA , a China e Brasil, de custos de fabricação mais competitivos .
Com o aquecimento de segmentos como mineração, energia e infraestrutura, a empresa registrou 91% a mais de lucros no segundo semestre do ano, no valor de US$ 707 milhões, contra US$ 371 milhões, segundo a revista Engineering News Record. A companhia revisou para cima suas previsões de vendas no ano, que pode atingir US$ 40 bilhões.
Dennis Slater, presidente da AEM, que congrega os fabricantes de equipamentos americanos, afirma que os mercados de equipamentos se estabilizaram e mostram sinais de recuperação, após uma perda de 50% na crise global iniciada em 2008. E o fator mais importante são as exportações para os países emergentes, disse ele.
A Caterpillar viu suas vendas se acelerarem no 1o semestre do ano, provocado pelo pacote de investimentos do governo americano em infraestrutura e o crescimento do mercado asiático em 61%. A empresa prevê 10,5% de expansão da China e 8,5% da Índia e taxas expressivas na America Latina. Os EUA, que são ainda seu maior mercado, terão crescimento econômico de apenas 3% este ano, embora suas vendas tenham subido 43% no segundo trimestre do ano.
O grupo, sediado em Peoria, EUA, anunciou em junho uma nova fábrica de escavadeiras em Xuzhou, China, e uma planta dedicada a retro e carregadeiras de rodas compactas em Piracicaba, no Brasil. Os maiores investimentos de capacidade de fabricação serão dedicados ao território norte-americano: uma nova fabrica de escavadeiras ao custo de US$ 120 millhões, em Victoria, Texas, a 180 km de Houston, criando mil empregos. Esta fábrica vai substituir a fabricação feita ate agora em Akashi, Japão, e Aurora, em Illinois; nova fábrica de eixos para equipamentos de mineração em Winston-Salem, em Carolina do Norte; uma segunda planta para equipamentos compactos em Sanford, no mesmo estado; e um centro de engenharia na Escola de Engenharia de Minas em Rapid City, Dakota do Sul. Esses projetos serão concluídos entre 2010 e 2012.
Nova ponte de San Francisco tem estrutura produzida na China
Em julho passado, quatro segmentos de aço de 1200 t, medindo 55m , foram montados na forma de uma torre, que sustentara o vão pênsil auto-ancorado da ponte da Baia de Oakland, em San Francisco, EUA, ao custo total de US$ 6 bilhões.
Contratado por US$1,43 bilhões, o consórcio formado por American Bridge e Flúor empregou um pórtico na torre de montagem para içar os segmentos transp
ortados por barcaças e fixá-los sobre as fundações. Os segmentos foram fabricados por ZPMC, na China, informou a contratante local Caltrans. A torre é constituída por quatro pernas independentes, cada qual formada por cinco seções verticais, numa altura total de 175 m. A sapata de fundação se apóia sobre 12 estacas de concreto, de 85 m , ancoradas na rocha do leito marinho. As seções verticais das torres são travadas a seguir por escoras cruzadas e vigas de cisalhamento.
Estas são os elementos mais inusitados do projeto do vão, segundo o engenheiro chefe Marwan Nader, da projetista T.Y.Lin International. As vigas de cisalhamento devem absorver a maior parte da energia sísmica e as torções produzidas por um terremoto, permitindo que as quatro pernas da torre possam se movimentar de forma autônoma, protegendo-as dos danos. As vigas danificadas num evento sísmico podem ser substituídas.
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Fonte: Estadão