A 83ª edição do Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), que acontecerá nos dias 10, 11 e 12 de agosto próximo no WTC, em São Paulo, pretende colocar em debate os programas de obras do governo federal, em especial o Minha casa, minha vida. De outro lado, quer analisar as perspectivas setoriais considerando os cortes orçamentários recentes e a disponibilidade de recursos por parte do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômica e Social (BNDES), do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e de outras fontes. Em 30 anos, esta é a primeira vez que o Enic volta a acontecer em São Paulo, segundo informa a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), promotora do evento.
Paulo Simão, presidente da CBIC, prevê que cerca de 1.500 empresários, gestores, profissionais e especialistas de vários segmentos da construção de todo o País, além de autoridades de várias instâncias participem dos três dias do evento. Representantes da Presidência da República deverão estar presentes.
Ele informa que os Enics têm permitido o debate de temas que ajudam os empresários a na tomada de decisões ao longo de suas atividades. Dentre os assuntos propostos para o encontro se incluem as questões da habitação, infraestrutura, inovações tecnológicas, produtividade, competitividade e capacitação de profissionais, com destaque para o Programa Inovação Tecnológica (PIT), que pretende garantir o aumento da produtividade e da competitividade do setor; o Programa de Construção Sustentável (PCS), além do Programa Minha casa, minha vida e do Programa de Aceleração do Crescimento.
Sérgio Watanabe, presidente do Sinduscon-SP, entidade que sediará o evento, diz que a construção civil vive um momento de pleno emprego. Tanto assim, que em janeiro e fevereiro deste ano a construção brasileira, aquecida, recuperou quase todas as vagas que haviam sido fechadas em novembro e dezembro de 2010, época em que normalmente cai o nível de emprego no setor.
Segundo ele, "o cenário econômico de pleno emprego que estamos vivendo requer o aumento da produtividade, para conseguirmos atender à demanda sem gerar inflação. Isso somente poderá ser feito com investimentos em tecnologia. A desoneração dos investimentos e os correspondentes financiamentos para viabilizá-los tornaram-se prementes para toda a cadeia produtiva da construção."
O evento contará com o apoio institucional de: Associação Paulista dos Empresários de Obras Públicas (Apeop); Associação das Construtoras do Vale do Paraíba (Aconvap); Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano (Aelo); Sindicato das Empresas de Compra e Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP); Serviço Social da Construção de São Paulo (Seconci-SP) e demais entidades da cadeia produtiva do setor.
Fonte: Estadão
