Unidade de conservação localizada dentro da cidade do Rio de Janeiro, o Parque Nacional da Tijuca realiza obras de melhoria para atender o crescente número de turistas no local. Dentre as iniciativas, incluem-se a de ordenamento e requalificação do complexo do Corcovado, incluindo o Hotel Paineiras, fechado há mais de 20 anos e que deverá abrigar sala de convenções, restaurantes, bares, centro de visitantes e lojas desuvenires. A realização das obras está sob responsabilidade do consórcio formado por Cataratas do Iguaçu, Beltour Turismo & Transporte e Esfeco Administração, que venceu a concessão de 20 anos do complexo. O Estúdio América é o responsável pelo projeto. Os investimentos somam cerca de R$ 50 milhões. Somente o Cristo Redentor, que faz parte da área concessionada, recebe mais de 2 milhões de turistas ao ano. Rede elétrica Parque mais visitado no Brasil entre todas as unidades de conservação federal existentes, é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. No início deste ano, o órgão contratou a Cozil Engenharia para realizar a troca de toda a rede elétrica do chamado Setor Floresta da Tijuca. O projeto, orçado em R$ 1,8 milhão e que envolveu quase 100 pessoas, está atualmente em fase final, com cerca de 80% das obras realizadas. A iniciativa consiste na troca da rede elétrica subterrânea por uma mais potente, capaz de atender melhor a atual demanda de energia daquele setor do parque. Agora, novos cabos de média e baixa tensão percorrem cerca de6 km da unidade para atender as diversas áreas. A subestação, blindada e de 13,8 kVA, está sendo montada no portão do açude, que dá acesso à via pública que cruza a unidade de conservação. Foram escavados 5.700 m (com avanço médio de 150 m por dia), ao lado das estradas e passagens que cortam o parque, para colocação do eletroduto corrugado em profundidade média de 90 cm - os cabos antigos ficavam a apenas 10 cm de profundidade. Há caixas de passagem, com distância entre uma e outra variando de 20 m a 80 m, para futuros trabalhos de manutenção dos cabos. Há ainda pontos com transformadores em locais estratégicos do setor, como a sede do parque, residências e restaurante. É desses pontos que saem as linhas de baixa tensão para outras áreas. O engenheiro mecânico Celso Corrêa, responsável pela obra da Cozil, conta que os trabalhos foram executados, em sua maior parte, de segunda a sexta-feira, já que nos fins de semana o fluxo de pessoas no local é tão grande que não há como trabalhar com segurança. “O desafio aqui foi fazer tudo isso sem agredir a natureza. A preocupação ambiental é permanente. Além disso, chove constantemente na área”, explica Celso. Ele conta que as restrições ambientais no parque são rígidas e que muitas empresas se negavam a entregar material para a obra no local. O engenheiro afirma que a rede elétrica do parque agora está estruturada, com proteção e capacidade de potência maior do que a anterior. “Ela está sendo superdimensionada e a rede pode ser expandida sem problemas. O parque tinha deficiência elétrica. Quando chovia a energia acabava e a rede se danificava”, relata. “As saídas dos cabos dos transformadores para as mais variadas edificações da unidade eram aéreas e agora são também subterrâneas”, acrescenta Celso Corrêa. A Cozil Engenharia faz parte do Grupo Cozil, que atua também na indústria de equipamentos para cozinhas profissionais. A empresa possui 10 anos e cerca de 120 profissionais. (Augusto Diniz - Rio de Janeiro/RJ) Fonte: Revista O Empreiteiro