A Petrobras pretende investir US$ 236,5 bilhões em cinco anos, segundo o Plano de Negócios 2012-2016 da companhia. Cerca de 60% dos investimentos (US$ 142 bilhões) serão para a área de exploração e produção de petróleo.
A área de refino, transporte e comercialização terá investimentos de US$ 65,5 bilhões, enquanto o setor de gás e energia receberá US$ 13,8 bilhões. As demais áreas responderão por menos de 7%: petroquímica (US$ 5 bilhões), biocombustíveis (US$ 3,8 bilhões), distribuição (US$ 3,6 bilhões) e corporativa (US$ 3 bilhões).
Dos 980 projetos que receberão investimentos no período, 833 já estão em andamento, que totalizam US$ 208,7 bilhões, e 147 estão em planejamento, no valor de US$ 27,8 bilhões.
Mais 33 sondas a partir de 2016
As 33 sondas que serão contratadas pela Petrobras a partir de 2016 serão construídas no Brasil e terão aproximadamente 55% de conteúdo local. A informação consta no Plano de Negócios 2012-2016 da empresa, divulgado hoje (25) no Rio de Janeiro.
“Essas sondas são importantes para nós a partir de 2016. Temos sete já contratadas. Teve um problema no EAS [Estaleiro Atlântico Sul]. Eles tiveram problemas, mas está em vias de solução”, disse o diretor de Exploração e Produção da empresa, José Miranda Formigli.
Segundo ele, a construção das sondas será acompanhada de perto por equipes da Petrobras.
Entre 2007 e 2012, haviam sido contratadas 35 sondas, todas construídas no exterior. Houve grande atraso nos projetos das últimas sondas previstas para ser entregues este ano. Somando-se o atraso referente às dez sondas entregues no ano passado, o total ficou em 542 dias.
Como todas elas foram construídas no exterior, a presidente da empresa, Graça Foster, disse que a política de conteúdo local não teve nenhuma relação com o problema. “As sondas foram construídas no exterior. Isso pode ser explicado pelas demandas por bens e serviços aquecidas mundialmente.”
Redução de produção de petróleo até 2016
No Plano de Negócios 2012-2016, apresentado hoje (25), a Petrobras decidiu reduzir a meta de crescimento da produção de petróleo em relação ao plano anterior, do ano passado. Se no plano 2011-2015, os objetivos eram chegar a 3,07 milhões de barris por dia em 2015 e a 4,91 milhões em 2020, no novo planejamento as metas são mais realistas: 2,5 milhões de barris diários em 2016 e 4,2 milhões em 2020.
“Historicamente, a Petrobras não cumpre suas metas de produção. Essa tem sido a leitura e o discurso de muitos. E nosso discurso dentro da nossa companhia. Verificamos exatamente que nesses oito planos de negócios, não temos cumprido nossa meta de produção. Temos, como uma de nossas conclusões que nosso plano esteja sendo trabalhado em metas ousadas, que se mostraram ano a ano metas não realistas”, disse a presidente da empresa, Graça Foster.
Para o ano passado, por exemplo, a meta era 2,1 milhão barris por dia, mas a Petrobras conseguiu produzir uma média de apenas 2,02 milhão.
Fonte: Padrão