Sérgio A. Palazzo*
Completei 40 anos de atividades no setor da construção de infraestrutura em 2007. Lembro-me ainda da minha primeira experiência num canteiro de obras – o de Ilha Solteira no extremo noroeste do Estado de São Paulo para a construção de uma hidrelétrica de grande porte. Lembro-me também, das enormes falhas que havia no planejamento da obra, coisa que chamou minha atenção, visto que tecnicamente eu ainda engatinhava, portanto, podia sim, olhar atividades com o olho de um individuo que diz: pois é, será que não tem um jeito mais adequado de se fazer isso?
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Ou será que ninguém pensou antes, em fazer isso de outro jeito?
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Pois bem, quarenta anos depois, constatei como pioramos. Naquela época me surpreendia projetos executivos chegando à obra simultaneamente com as execuções. Devo confessar, hoje não me surpreendo mais, me acostumei, até com o exagero de iniciar-se uma obra, apenas com o projeto básico, muitas vezes com um “esquemático” e assim por diante.
Resolvi fazer um curso de pós-graduação no setor de Gestão de Produção, e aí outra decepção. A engenharia civil não tem esse programa, principalmente em se tratando de construções de infraestrutura. Mais surpreendentemente ainda, não encontrei no PMI, reconhecidamente o maior instituto de orientação na Gestão da Produção, nada que estivesse relacionado com isso a não ser um discreto adendo ao seu famoso manual, que pretende remeter o leitor a termos relacionados com nosso setor. Assim mesmo encarei o curso e descobri com a ajuda do Lúcio Sobelman (Professor Doutor, e acadêmico da Universidade Carnegie Mellon) que nos brindou com algumas palestras no último Congresso, algumas indicações que me levaram a professores que também constataram essas falhas há vinte anos e se dedicaram a municiar o setor com seus conhecimentos, pesquisas, trocas de experiências e material riquíssimo.
Acabei por fim remetendo minha pesquisa a minha infância, pois tendo começado a fumar muito cedo (doze anos) juntamente com outro colega, obviamente não tínhamos como adquirir cigarros, então decidimos ‘roubar’ do pai dele que era alfaiate. Minha função era distrair o ‘seu Antonio’, e nessa atividade vi ele medindo e marcando pano sobre a mesa inúmeras vezes, e muitas no mesmo lugar, cansado de tanta repetição.
Perguntei: “seu Antonio, porque o senhor mede tantas vezes e no mesmo lugar”? Ele me respondeu: “porque alfaiate mede três e corta uma, pois se errar vai ter que pagar o tecido”. Confesso que a ‘ficha caiu’ agora décadas depois, ou seja, 75% do tempo gasto pelo ‘seu Antonio’ era no planejamento, e 25% na execução. O que tenho visto nas obras pelo país afora é: “Corta, ainda está grande, corta mais, ainda está grande, corta, iiiiii…ficou pequeno”. Com um conhecido Herb Quigley, aprendi que a mobilização de um batalhão no Exército americano (4000 homens e mais de 300 veículos) exige 80% do tempo gasto no planejamento e 20% na execução.
Se tiver veículos anfíbios esses percentuais mudam para 95% e 5%. Acreditem.
E aí finalmente, diante da lei 8666, que rege as contratações de serviços e obras, conclui que vamos pior ainda quando a legislação destaca que para contratação de obras o licitante deve ter ‘pelo menos um projeto básico bem detalhado’. O que é isso?
Recentemente, num dos meus trabalhos de consultoria no setor, atendi uma empresa que fechou um contrato para instalação de cabos fibra óptica em uma rodovia, uma obra cujo projeto ela deveria executar após a contratação. Pior, deu descontos para o fechamento do negócio.
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É surpreendente.