InovaInfra 2025 mostra predomínio do BIM e tecnologias para mais segurança e sustentabilidade nas obras

InovaInfra 2025 mostra predomínio do BIM e tecnologias para mais segurança e sustentabilidade nas obras

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Com um público de mais de 150 pessoas, entre profissionais, representantes de concessionárias e empresas de Engenharia de diversos segmentos e respectivas entidades, a cerimônia de entrega do 6º Prêmio Inova Infra 2025, realizado pela revista O Empreiteiro, destacou uma tendência para o setor: a implementação de novas tecnologias para zelar pelos próprios trabalhadores e o meio ambiente durante as obras. O evento aconteceu nesta terça-feira, dia 15, no Centro Britânico Brasileiro, em São Paulo, e premiou 30 projetos voltados para a inovação, eleitos
por um Júri Independente. Ao todo, foram 136 projetos inscritos, entre participantes de concessionárias e empresas de engenharia de vários estados do País.

Além da apresentação dos projetos e da premiação, os autores receberam um exemplar da revista O Empreiteiro, cuja edição é de número 600 – a única do setor publicada há mais de seis décadas. Esta revista especial dedicada ao 6º Prêmio InovaInfra aborda matérias sobre os trabalhos premiados, e já está com sua versão digital disponível clicando aqui.

O Júri que elegeu os projetos para o prêmio foi formado pelas seguintes entidades e representantes: Sergei Fortes, vice-presidente de Engenharia Consultiva da SINAENCO – Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia; Henrique de Aragão da ABCE – Associação Brasileira de Consultores de Engenharia; Francis Bogossian, presidente Emérito da AEERJ – Associação de Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro; Ricardo Fabel, membro da Comissão de Obras Industriais, do SINDUSCON-MG -Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais; e também, como Consultor do Júri Independente, o fundador da ABRATT- Associação Brasileira de Tecnologia Não Destrutiva, o Eng. e consultor Sergio Palazzo.

Antes da solenidade de premiação, dos 30 projetos eleitos, 15 palestraram sobre as iniciativas desenvolvidas e os resultados que obtiveram em suas companhias. Os trabalhos abordaram soluções inovadoras agrupadas nos segmentos: Infraestrutura, Transporte Metropolitano, Rodovias, Aeroportos, Gestão de Projetos, Tecnologias,
Mineração, Gestão de Frotas, Construção Civil, Pontes Petróleo, Geotecnia, Manutenção Industrial e Segurança no Trabalho.

Menos riscos nos canteiros

A maioria dos trabalhos mostrou que a inovação mesmo está em garantir a segurança e a valorização das pessoas, além da engenharia. Com este intuito, alguns exemplos mostraram soluções voltadas para o gerenciamento de riscos e das equipes em grandes obras, tais como: o da Timenow, que desenvolveu “pulseiras inteligentes” para monitorar sinais vitais de quem trabalha em ambientes industriais; o da Alfa Engenharia, sobre um módulo digital para mobilização e treinamento de mão de obra, automatizando e centralizando a gestão das equipes; a OEC com uma plataforma para digitalizar processos voltados à prevenção de acidentes; a Linha Uni do Metrô de São Paulo que aborda programas de formação profissional; a Acciona que apresentou um sistema de gerenciamento de riscos nas
obras da Linha 6 – Laranja; a Aria Imagem, com levantamento topográfico por drones, evitando equipes extensas em campo; a Barbosa Mello, com um modelo de operação remota que elimina presença de pessoas em obras de descaracterização de barragens de mineração, entre outros projetos.

Sustentabilidade como emergência

Outro principal objetivo observado entre os 30 projetos eleitos, foi o da sustentabilidade. Muitos buscam diminuir ou zerar suas emissões, e minimizar seus impactos ambientais sem perder a produtividade e eficiência. Para alcançar essas metas, a maioria mostrou resultados com a aplicação da metodologia BIM (Building Information Modeling) a fim de prever e planejar suas obras, evitando, assim, além da exposição de equipes em lugares de risco, o impacto ambiental com a otimização de tempo e custos.

Com este intuito, podemos citar alguns, como: DER-PR – Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná, que apresentou um estudo que quantifica as emissões de carbono evitadas ao pavimentar a rodovia PRC 280 com a técnica de Whitetopping; o Instituto Federal de Pernambuco organizou um manual de gestão ambiental; a
Concremat que destaca as sondagens no mar para a Ponte Salvador-Itaparica; a DBR Energies com inovação digital no projeto executivo da plataforma P-78; a Vale que também usou o BIM e outras tecnologias aliadas na abertura de cava na Mina de Brucutú-MG, promovendo preservação ambiental e economia durante as obras; a Certare Engenharia, que desenvolveu soluções baseadas na natureza, para a regeneração de Porto Alegre – RS, após as enchentes de 2024, entre outros que visam preservar a infraestrutura, sem comprometer os recursos naturais do País.

“Não chegou a nos surpreender o fato de o Júri Independente do 6º Prêmio InovaInfra 2025 ter eleito alguns trabalhos focados no treinamento e segurança do colaborador que atua nas obras de infraestrutura e construção industrial. As tecnologias vieram para isso, contribuir, junto às máquinas, com o trabalho da equipe humana, seja a protegendo em seu próprio ambiente ou otimizando seu trabalho e tempo”, explicou o diretor e editor da revista, Joseph Young, que acrescentou os fatores em relação aos projetos com foco ambiental – “Já sobre a preocupação com o meio ambiente, é sabido – e também, sentido, literalmente – os efeitos das mudanças climáticas nos últimos anos. Isso interfere tanto na segurança

para nós humanos, quanto inclusive, nas novas construções e manutenção de obras e estruturas de grandes cidades, como aconteceu com os municípios do estado do Rio Grande do Sul, devastados pelas enchentes em 2024. Sendo assim, é unânime o pensamento de que promover sustentabilidade, assim como segurança, não se trata mais de uma tendência para o futuro, mas sim de uma emergência que o mercado das Engenharias busca atender diariamente”, concluiu Young.


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