Tráfego urbano e portuário ainda se confundem e dificultam acesso; Arco Metropolitano deverá ser construído na região metropolitana do Recife Guilherme Azevedo O Complexo Industrial Portuário de Suape ainda tem questões importantes para resolver, como a dos acessos rodoferroviários a suas instalações. Hoje, são constantes os congestionamentos de veículos principalmente nas áreas urbanas de municípios da região metropolitana do Recife, onde se misturam e se confundem o tráfego urbano local e o que se destina ao complexo portuário. “Existe um conflito rodoviário nessas áreas”, reconhece Jaime Alheiros, diretor de planejamento e urbanismo do complexo de Suape. “Internamente, está tudo qualificado, mas, quando sai, há problemas.” No interior do complexo, a qualificação a que Alheiros se refere significa obras que melhoraram e ainda podem melhorar a circulação do tráfego interno. Por exemplo, a duplicação, já concluída, da rodovia PE-60, no trecho de 8 km que segue por dentro de Suape, e do chamado contorno da Refinaria Abreu e Lima, que faz a ligação com a PE-60, com investimento total de R$ 90 milhões. Outro projeto já entregue foi o de duplicação do Tronco Distribuidor Rodoviário Sul (TDR-Sul) e da avenida Portuária, ao custo de R$ 49 milhões. Já estão em andamento, de acordo com a administração de Suape, as obras para a duplicação do Tronco Distribuidor Rodoviário Norte (TDR-Norte) e a criação do contorno do Cabo de Santo Agostinho (também chamada de Via Expressa de Suape), orçado em cerca de R$ 180 milhões. A Via Expressa começa no entroncamento do TDR-Norte com a rodovia PE-28 e termina na BR-101, percorrendo 8 km e tirando o tráfego pesado da região urbana de Cabo. O diretor de planejamento e urbanismo de Suape cita também a realização de intervenções viárias no interior de Suape, com vistas a melhorar a interligação dos empreendimentos existentes e daqueles que estão se instalando por ali. Arco Metropolitano Para resolver o conflito do tráfego rodoviário fora da área do complexo, o principal projeto das autoridades pernambucanas é o de construção do Arco Viário da Região Metropolitana do Recife, com extensão total de 77 km. A nova via partirá da BR-101, na altura do município de Igarassu, ao norte, e voltará a ela, ao sul, no município de Cabo de Santo Agostinho, próxima de Suape. O projeto desafoga, portanto, o trecho urbano da BR-101, seguindo pelo interior. Prevê intersecções elevadas sobre as rodovias BR-101 norte, BR-232, BR-408, PE-005, PE-27 e BR-101 norte. Estimadas em mais de R$ 1 bilhão, as obras do Arco Metropolitano ainda não têm data para começar, mas um Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental já foi elaborado e desapropriações ao longo do traçado foram anunciadas pelo governo. Quando o Arco estiver pronto, explica Jaime Alheiros, será possível “segregar o tráfego de carga e contornar os núcleos urbanos, com destino direto a Suape”. Fonte: Revista O Empreiteiro