Diante das recentes e devastadoras tragédias causadas por deslizamentos e inundações na Região Serrana (Petrópolis, Teresópolis, Sumidouro e Nova Friburgo), o Governo Federal anunciou a criação do Sistema Nacional de Alerta e Prevenção de Desastres Naturais.
A criação do órgão visa monitorar áreas de risco, atuando para prevenir a ocorrência de novas catástrofes. Contudo, o anúncio foi feito em caráter informativo, sem implementação imediata: o sistema só deve começar a funcionar plenamente a partir de 2014.
Este lapso entre o anúncio e a operacionalização reflete uma lentidão que contrasta com a urgência do cenário. Enquanto a população luta para recomeçar em meio ao mar de lama, a criação efetiva de um sistema que protegeria vidas fica adiada.
O Contraste entre Crise Social e Privilégios Políticos
A angústia e a dor da população atingida ganham um contraste chocante com a desfaçatez de privilégios políticos. O noticiário tem exposto o uso de recursos públicos para viagens pessoais de ministros do TCU e a concessão de pensões vitalícias de alto valor a ex-governadores e seus dependentes.
Em um momento em que inúmeras famílias perderam entes e bens, lutando por auxílio para sobreviver, a manutenção da “mordomia parasitária” política gera indignação. Casos como o do senador Pedro Simon, que também requereu sua pensão vitalícia, reforçam a percepção de uma República em que o aparato público falha em proteger seus cidadãos, mas se esmera em garantir os benefícios da elite política.






