A alemã ThyssenKrupp inaugura em março do ano que vem centro de serviços em Santa Luzia, na Grande Belo Horizonte. O local de 20 mil m² atenderá à recuperação e reforma de equipamentos pesados de processamento para a indústria cimenteira e de mineração.
A unidade de solução industrial tem boas perspectivas nesses mercados, de acordo com Erwin Clees, diretor-executivo da ThyssenKrupp Industrial Solution. Apesar do preço baixo do minério de ferro no mercado internacional e certa estagnação na construção civil, o executivo acredita na retomada de ambos os setores já em 2015 e mantém perspectiva bastante positiva nos próximos anos: “O Brasil tem enorme potencial. A previsão é de chegar a 100 milhões de t/ano da produção de cimento, entre 2019 e 2020”.
Para chegar a este índice (hoje está em 70 milhões de t/ano), será preciso multiplicar o número de unidades industriais pelo Brasil afora de usina de cimento. E aí entra a divisão de solução industrial do grupo, focada em projetos de plantas customizadas e fornecimento de equipamentos na área – como de moagem e forno de clínquer, desenvolvendo trabalho de engenharia, construção civil, montagem industrial e comissionamento. “Um problema grande tem sido as empresas conseguirem a licença ambiental para se instalar”, afirma.
Erwin Clees aponta a logística e a capacitação como desafios na execução dos projetos na indústria de cimento no Brasil. Os equipamentos pesados mais importantes são feitos em parceria com a Dedini. Por vezes, a empresa aciona a RIP, braço de serviços de engenharia do grupo, para participar de seus projetos. A tecnologia caminha nessa área na diminuição da emissão de poluentes (como o NOx) e pela eficiência energética. “O Brasil tem hoje fábricas modernas de cimento como nos Estados Unidos”, afirma.
A divisão possui 250 funcionários e está há 40 anos no Brasil. O grupo ThyssenKrupp tem mais de 10 mil colaboradores no País com atuação em diversos setores industriais. Trata-se da segunda maior operação da companhia no mundo, que pretende investir R$ 2 bilhões nos próximos cinco anos em seus negócios em solo brasileiro. (Augusto Diniz)
Fonte: Revista O Empreiteiro