Está em circulação a edição 496 (abril) da revista O Empreiteiro. Chamo a atenção dos prezados amigos e leitores para o editorial que intitulamos Desmorona a ideia de que o TAV brasileiro é prioridade.
Em vários países o trem de alta velocidade é prioritário. Ele resulta de uma evolução dos sistema ferroviário. Lastimavelmente, regredimos nesse campo. Tornamo-nos reféns de outros sistemas que também por aqui são precários. À exceção dos sistemas rodoviários paulistas e de outras rodovias em outras regiões do Brasil, no geral a malha rodoviária brasileira é de ruim para péssima. E o sistema ferroviário brasileiro ficou travado no passado. A Transnordestina ainda não saiu do papel e, a Norte-Sul continua inconclusa. Diante desse quadro, e do cenário aeroportuário abaixo da crítica, ainda pretendemos andar de TAV. Vamos pensar um pouco. Que tal construirmos primeiro ferrovias convencionais satisfatórias para depois avançarmos em uma área de que a Espanha, o Japão, a Alemanha e outros países se orgulham.
Além de tudo, conforme salientamos no editorial, "mais do que pensar em projeto desse tipo, é preciso cuidar do que é essencial à operação das cidades brasileiras, onde vivem mais de 80% de nossa população. É para essa população, que devem se voltar as atenções com o legado da Copa e da Olimpíada e com as demais obras de infraestrutura, incluindo aquelas previstas para resolver os gargalos nos portos e aeroportos brasileiros".
O editorial está na medida certa para a reflexão dos meus prezados amigos.
Fonte: Estadão