Uma fábrica ecologicamente correta

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Cerca de R$ 730 milhões. Esse é o orçamento para a construção da Petroquímica Paulínia S/A (PPSA), resultado da joint venture entre a Braskem e a Petrobras Química S.A. (Petroquisa), subsidiária integral da Petrobras. Ela foi dimensionada para ser uma fábrica de resina de polipropileno de classe mundial, com capacidade de produção de 350 mil t/ ano. Trata-se de um material de grande versatilidade, usado em várias áreas da indústria, em substituição à madeira, vidro, ferro, aço e acrílico. Especialmente na fabricação de embalagens para alimentos, garrafas plásticas, produtos farmacêutico (como seringas), eletrodomésticos, produtos de limpeza, peças automotivas, etc. Serão produzidos mais de 60 tipos de resinas.

No acordo firmado entre as duas empresas ficou definido que a Braskem vai fornecer a tecnologia para a produção de polipropileno. A matéria-prima – propeno grau polímero – vai ser fornecido pela Petrobras, cujo material será produzido Replan e na Refap.

O empreendimento, cujas obras estão sendo executadas pela Construtora Norberto Odebretche, deverá ser concluído no início de abril deste ano, e está alinhado com o planejamento estratégico da Petrobras, que prevê a viabilização de vários projetos petroquímicos em parceria com a iniciativa privada, e tem recurso previsto Plano de Aceleração do Crescimento – PAC.

A nova fábrica foi concebida dentro de rigorosos padrões de segurança industrial e de controle ambiental, com a proposta de operar com um consumo mínimo de recursos naturais. O processo de licenciamento, por si só, já é inovador, por contar com o envolvimento de representantes de toda a comunidade, do poder público municipal e estadual e entidades representativas do setor.

A escolha do local se deveu uma série de fatores. O principal deles é a proximidade com a Refinaria de Paulínia, que será a principal fornecedora da matéria prima: nafta, extraída do petróleo. Também fornecerá matéria prima a refinaria de São José dos Campos (Revap).

O município de Paulínia está situado a pouco mais de 100 km da capital paulista, no coração do principal mercado de consumo nacional, servido por uma infra-estrutura de transporte que permite o escoamento da produção em condições privilegiadas.

Na fase de construção, foram gerados cerca de 1.500 empregos diretos e na operação da unidade, serão 200 diretos e 400 indiretos. Se forem consideradas as empresas que vão utilizar o polipropileno a ser produzido pela Petroquímica Paulínia como matéria prima para produtos petroquímicos e produtos finais, a previsão é de 25 mil postos de trabalho, diretos e indiretos.

Além da unidade industrial, o projeto prevê o desenvolvimento de ações sócio-ambientais voltadas para a comunidade local. Essas iniciativas, que receberão recursos da ordem de R$ 7 milhões destinados pela empresa, foram definidas pelos técnicos do Departamento de Análise de Impactos Ambientais da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (DAIA), pelos promotores públicos de Paulínia, Campinas e Americana, e pela Secretaria de Desenvolvimento e Meio Ambiente de Paulínia (Seddema).

A empresa já começou a ministrar curso de formação de operadores para a primeira turma de candidatos, sob a coordenação do Centro de Treinamento Senai daquela cidade.
Fonte: Estadão


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