Tanto a BHP quanto a Rio Tinto informaram que o negócio trará às empresas sinergia de US$ 10 bilhões, mas que não haverá interferência na dinâmica do mercado.
“Trata-se apenas de uma união de produção. Gostaríamos que as autoridades reguladoras reconhecessem isso”, afirmou por meio de nota oficial o chefe do escritório financeiro da Rio Tinto, Guy Elliott.
De acordo com o analista do setor de mineração e siderurgia da SLW Consultoria, Pedro Galdi, o movimento poderá significar “uma pressão psicológica”. “Isso pode convergir para estratégia de produção e pode assim impactar os preços.
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Teoricamente o mercado passa a ter duas grandes empresas”, afirmou o analista.
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Para viabilizar a joint venture entre as operações de minério de ferro das duas mineradoras em Pilbara, no Estado de Austrália Ocidental, a BHP pagará US$ 5,8 bilhões à Rio Tinto para que suas participações sejam equalizadas, aumentando a parte da BHP de 45% para 50%.
De acordo com o comunicado, o acordo estabelece que a BHP e Rio Tinto irão ter uma estrutura de comercialização separada.
O analista da SLW lembra que o acordo “salva” a Rio Tinto, que saiu muito fragilizada da crise econômica. A mineradora planeja agora realizar uma emissão de ações a fim de levantar US$ 15,2 bilhões. Em comunicado oficial, o presidente da Rio Tinto, Jan du Plessis, afirmou que a melhora nas condições de mercado estão por trás da decisão de rescindir o acordo com a Chinalco, que havia sido projetado para ajudar a mineradora anglo-australiana, pressionada por uma dívida de US$ 38,7 bilhões.
“Em primeiro lugar, as condições financeiras da operação tornaram a Chinalco marcadamente menos valiosa e, por outro lado, a nossa capacidade de levantar o nível de capital adequado para as nossas necessidades em termos atraentes melhorou consideravelmente”, disse Plessis.
Já o analista da Tendências Consultoria, Alexandre Gallotti, afirmou que se os itens do acordo entre a BHP e Rio Tinto forem respeitados e se realmente elas operarem como empresas distintas no mercado, o cenário não sofrerá mudanças.
“Elas obterão maior eficiência e competitividade. Mas não acredito que elas irão abaixar seus preços, mas sim serão mais lucrativas”, concluiu Alexandre Gallotti.
Boa notícia
A interrupção da aliança da Rio Tinto com a estatal chinesa pode ser considerada positiva pela Vale. Segundo o analista da Modal Asset, Eduardo Roche, caso a australiana fechasse com a Chinalco haveria maior pressão no mercado chinês, hoje o principal destino do minério de ferro da brasileira. “Se fechado, esse acordo poderia definir a sistemática. Eliminado esse risco, acabou sendo positivo”, afirmou Roche.
Alexandre Gallotti, da Tendências, salientou que o acordo com a Chinalco pressionaria a Rio Tinto a praticar preços mais baixos, o que afetaria a Vale. “Isso aumentaria a pressão interna entre as mineradoras”, afirmou.
Usiminas
A siderúrgica japonesa Nippon Steel anunciou, também na sexta-feira, que poderá comprar até 2,52 milhões de ações ordinárias da Usiminas. Os papéis, que representam 1% do capital votante e 0,5% do capital social da empresa brasileira, serão adquiridos pelo Morgan Stanley e depois repassados à Nippon Steel.
Caso o negócio seja fechado, a participação da Nippon Steel na Usiminas passará a ser de 12,6%. Entre as ações ordinárias, a fatia passará a ser de 24,7%.
Fonte: Estadão