Focada na transição energética e em oferecer soluções sustentáveis para a mineração, a Cummins está em um projeto de desenvolvimento no Brasil que promete reduzir drasticamente as emissões de CO₂.
Em parceria com a Vale e a Komatsu, a Cummins está aplicando um motor HHP (Alta Potência) dual fuel, que utilizará dois tipos de combustível: etanol e diesel. Segundo Jonathan Mello, porta-voz da Cummins, o modelo entrará na sala de testes ainda neste mês de junho, buscando reduzir as emissões sem comprometer a robustez operacional.
Três Soluções Cummins Rumo ao Zero Emissões na Mineração
A estratégia da Cummins para a descarbonização do setor off-road se apoia em três pilares tecnológicos essenciais:
1. Motores Dual Fuel (Etanol/Diesel)
O motor HHP dual fuel é o foco do projeto com Vale e Komatsu no Brasil, visando uma redução imediata nas emissões através do uso do etanol. Esta tecnologia é vista como uma solução escalável e adaptável à realidade de grandes operações de mineração.
2. Aprovação de Diesel Renovável (HVO)
A Cummins também anunciou a aprovação do uso de combustíveis parafínicos não misturados (EN15940), como o Óleo Vegetal Hidrotratado (HVO), em toda a sua linha de motores diesel de alta potência. A utilização do diesel renovável (HVO) demonstrou reduzir a emissão líquida de Gases de Efeito Estufa (GEE) em até 90%.
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Jonathan Mello explicou que os motores HHP aceitam até 100% de HVO, citando um trial bem-sucedido na mina Kennecott (KUCC), nos EUA, finalizado em janeiro de 2024.
3. Kits Híbridos e Aquisição da First Mode
Visando a eletrificação e as soluções de baixo carbono, a Cummins adquiriu a First Mode em fevereiro deste ano. A First Mode é especializada em tecnologias de descarbonização para aplicações fora de estrada, com foco em sistemas híbridos que combinam baterias com motores de combustão.
A empresa tem cinco retrofit kits híbridos disponíveis para testes em 2025 e está buscando ativamente parceiros estratégicos na América Latina — incluindo mineradoras no Chile, Peru e Brasil — para a fase de validação em campo.
Segundo Jonathan Mello, essas tecnologias “serão fundamentais para apoiar a indústria no caminho rumo às zero emissões, com soluções escaláveis e adaptáveis à realidade operacional da mineração.”
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