O presidente da Câmara de Comércio Brasil e China (CCIBC), Charles Tang, declarou ao site de notícia G1, da Rede Globo, que Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco são os estados com mais vantagem para receber a fábrica da Chery. O primeiro contato do Ceará para captar o negócio surgiu com a visita a Fortaleza de uma comitiva de chineses, liderada pelo gerente-geral-adjunto da Chery International, Du Weiqiang.
Eles se reuniram sigilosamente com o governador Cid Gomes para negociar incentivos.
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No entanto, a esperança na captação da montadora foi mais próxima quando o presidente da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Antônio Balhmann, que recentemente fez viagem à China, onde integrou comitiva liderada pelo presidente Lula, esteve com o vice-presidente mundial da Chery, Zhou Biren. Ao retornar da viagem, Balhmann afirmou que o Ceará tinha boas chances de abrigar a nova fábrica e que era o único do Nordeste na disputa. Com a declaração de Charles Tang, o Ceará fica fora do páreo.
A montadora pretende produzir 150 mil veículos por ano, começando com a fabricação do modelo A3.
Em um investimento estimado extraoficialmente em torno de US$ 700 milhões, o objetivo da Chery é funcionar no País até 2012. O bilionário empresário brasileiro Eike Batista, que atua principalmente no setor de petróleo e mineração, tem seu nome citado com interesse na negociação.
Analistas do mercado afirmam que Rio de Janeiro e Minas Gerais têm mais possibilidades de levar a Chery.
Eles argumentam que, além dos incentivos, as indústrias preferem ficar em áreas onde há aglomeração de outras fábricas, porque é mais fácil ter fornecedores e estão mais próximos do mercado consumidor. Resta ao governo de Pernambuco imitar o que fez a Bahia para atrair a montadora Ford para o Estado, onde o governo baiano ofereceu isenção de ICMS, terreno, infraestrutura e um porto exclusivo para a empresa.
Fonte: Estadão
