O presidente da Samarco Mineração, José Tadeu de Moraes, disse hoje que a recuperação da demanda por pelotas de minério de ferro por países asiáticos levou a empresa a retomar o mesmo ritmo de produção que vinha ocorrendo no primeiro semestre de 2008. A mineradora é controlada pela Vale e pela BHP Billiton, cada uma com 50% de participação. No início do ano, e por conta agravamento da crise financeira internacional, a companhia projetava um ritmo de produção de dois terços de sua capacidade nominal, ou o equivalente a 14,7 milhões de toneladas, totalmente destinadas à exportação. “Voltamos ao ritmo total”, disse Moraes.
De acordo com o executivo, a demanda está forte principalmente de países como a Indonésia e Malásia, além da China.
A Ásia como um todo responde por 40% de participação no volume de vendas da mineradora, seguida pelo Oriente Médio e Emirados Árabes, com um volume de 28% a 30%; Europa, por 18% e Américas por 12%. “A recuperação na Europa está mais lenta”, apontou.
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Conforme o presidente da mineradora, o volume de produção ao final do ano chegou a praticamente zero e se manteve assim até meados de fevereiro. A avaliação de Moraes atualmente é de que o segundo semestre de 2009 será praticamente igual ao primeiro semestre do ano passado. “Diria que se tivermos um pouco de sorte, vamos fechar praticamente empatados com o ano passado”.
Em 2008, o volume de produção da Samarco foi de 16,2 milhões de toneladas e as perspectivas para este ano é de que o volume se situe entre 16 milhões e 17 milhões de toneladas. “Eu acredito que o pior (da crise) já passou, mas esse bom momento que estamos passando pode ser atribuído à recomposição dos estoques no exterior. Mesmo assim, o patamar está superior ao do primeiro semestre”.
A crise também levou a Samarco a fechar em maio deste ano um acordo com os funcionários para conceder licença remunerada, com 50% de redução do salário.
No entanto, com a retomada da demanda, todos os empregados já foram chamados de volta.
A recuperação da produção, no entanto, ainda não foi suficiente para que a companhia decidisse iniciar o projeto de expansão, com a instalação de uma nova pelotizadora com a capacidade de 8 milhões de toneladas. “Com a crise, esta decisão deve ser tomada apenas em 2010”, afirmou.
José Tadeu de Moraes participou hoje do evento “Five Diamond International Cycle, promovido pela Fundação Dom Cabral (FDC), em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte.
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Fonte: Estadão
