<p style="text-indent: 14.15pt; line-height: 120%; vertical-align: middle" class="MsoNormal"><span style="font-size: 9.5pt; line-height: 120%; font-family: 'Swis721 LtCn BT'; color: black; letter-spacing: 0.3pt">O economista Bráulio Borges, da consultoria econômica LCA, e que participou dia 21 deste mês do World Cup Infrastructure Summit 2 para o desenvolvimento da infraestrutura das cidades-sede na Copa do Mundo de 2014, no Hotel Blue Tree Towers Morumbi, disse, no painel “Cases internacionais de países que sediaram grandes eventos Esportivos”, que experiência e a infraestrutura destes países devem ser consideradas, de modo prioritário, no planejamento de eventos desse porte. </span></p> <p style="text-indent: 14.15pt; line-height: 120%; vertical-align: middle" class="MsoNormal"><span style="font-size: 9.5pt; line-height: 120%; font-family: 'Swis721 LtCn BT'; color: black; letter-spacing: 0.1pt">De acordo com Borges, nem sempre as Copas do Mundo tiveram o impacto esperado pelos organizadores ou, pelo menos, não em um primeiro momento. Em sete das 14 Copas do Mundo desde 1954, o crescimento econômico no país-sede no ano do evento foi menor que nos dois anos anteriores. Apesar disso, existe um efeito positivo, pois em média o crescimento econômico nos países-sede foi mais forte nos dois anos seguintes ao evento do que nos dois anos precedentes.</span><span style="font-size: 9.5pt; line-height: 120%; font-family: 'Swis721 LtCn BT'; color: black; letter-spacing: 0.3pt"> </span></p> <p style="text-indent: 14.15pt; line-height: 120%; vertical-align: middle" class="MsoNormal"><span style="font-size: 9.5pt; line-height: 120%; font-family: 'Swis721 LtCn BT'; color: black; letter-spacing: 0.3pt"><span></span>“No entanto, ser o país-sede e ao mesmo tempo o vencedor da Copa do Mundo parece ter um impacto positivo adicional. Os vencedores de Copas ‘em casa’, como Inglaterra (em 1966), Alemanha (1974), Argentina (1978) e França (1998), registraram uma aceleração maior das taxas de crescimento econômico nos dois anos após o evento”, informou Borges.</span></p> <p style="text-indent: 14.15pt; line-height: 120%; vertical-align: middle" class="MsoNormal"><span style="font-size: 9.5pt; line-height: 120%; font-family: 'Swis721 LtCn BT'; color: black; letter-spacing: 0.3pt">Os impactos econômicos negativos de sediar um mega-evento esportivo também foram abordados pelo economista. Os jogos de 1976, em Montreal, de acordo com reportagens publicadas na época, que inclusive motivaram o primeiro estudo mais detalhado neste sentido, geraram perdas financeiras significativas para a cidade canadense. Algumas cidades-sede também ficaram com um legado de dívidas, graças às infraestruturas ociosas e à manutenção cara. Atenas gasta US$ 100 milhões todos os anos na manutenção da infraestrutura desportiva construída especialmente para os jogos. </span></p> <p style="text-indent: 14.15pt; line-height: 120%; vertical-align: middle" class="MsoNormal"><span style="font-size: 9.5pt; line-height: 120%; font-family: 'Swis721 LtCn BT'; color: black; letter-spacing: 0.3pt">Além disso, em função do cronograma apertado de obras, muitas vezes os custos superaram em muito as estimativas iniciais. Em Atenas (2004), os gastos com segurança chegaram a R$ 3,1 bilhões, 12 vezes mais do que o orçamento inicial. No Brasil, os gastos totais dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro (2007) foram de R$ 3,5 bilhões, contra o orçamento inicial de R$ 400 milhões.</span></p> <p class="tituloforum"><span style="font-size: 9.5pt; font-family: 'Swis721 LtCn BT'; letter-spacing: 0.3pt">Por fim, foram mostrados alguns pontos importantes que fizeram de Barcelona (1992), assim como Sidney (2000), exemplos a serem seguidos. “Ambas investiram em planejamento prévio para reduzir custos na construção das obras a ‘toque de caixa’ e focaram mais em investimentos em infraestrutura urbana. Apenas 9,1% do total do orçamento disponível foram investidos em infra esportiva. Além disso, dedicaram-se à revitalização de áreas urbanas degradadas e à promoção turística da cidade no exterior”, ressaltou Borges.</span></p> Fonte: Estadão