Iniciadas em junho de 2008, a expectativa da Mascarenhas Barbosa Roscoe é de que ainda no primeiro semestre deste ano conclua as obras de infra-estrutura da usina de João Monlevade (MG), da ArcelorMittal. O contrato, de R$ 135 milhões, está sendo cumprido em parceria
com a Construtora Liderança. As obras preparam a área interna da usina para a futura
instalação do segundo alto forno, do terceiro laminador e da sinterização da siderúrgica.
Com as obras, a usina receberá uma nova sinterização com potencial de produção de 4 milhões de t/ano de sinter feed, além do segundo alto-forno de ferro gusa com capacidade para 1,5 milhão de t/ano. O terceiro laminador terá capacidade de 500 mil t anuais e o laminador atual será ampliado para até 2 milhões de t/ano.
A previsão inicial, segundo o gerente de obras Ângelo Albuquerque Mendes, era trabalhar com um efetivo de até 1.200 colaboradores quando da execução do principal volume de obras. Atualmente, 470 funcionários estão em atividade.
"As obras se concentram, basicamente, na execução de cortinas de concreto atirantado totalizando quase 3 km de extensão com altura máxima de 16 m. Essas obras têm a finalidade de eliminar desníveis, direcionar as linhas férreas de operação interna e abrir espaço em plataformas niveladas para as diversas unidades a serem implantadas quando da futura expansão da usina", afirma Mendes.
Na parte externa, ressalta o gerente, a Mascarenhas executa uma galeria de drenagem com cerca de 850 m de extensão com seção interna média de 4,5 x 6,0 m. Essa galeria será utilizada para a canalização do córrego existente e posterior execução da plataforma para instalação da unidade de Sinterização.
Mendes diz que algumas das dificuldades dessas obras de infra-estrutura foram a execução de serviços de escavação e demolição sem interferir no funcionamento normal da usina, que continuou operando durante todo o período da obra.
"Outra dificuldade consistiu na execução das cortinas de concreto atirantado em locais de difícil acesso e com o solo apresentando uma variação muito grande em relação às informações contidas nos boletins de sondagens executados, principalmente no que diz respeito à presença de lençol freático e à má qualidade de solo no que se refere à coesão e resistência", afirmou.
Entre os principais quantitativos da obra, Mendes ressalta os seguintes: 63 mil m³ de concreto estrutural, 92 mil m² de fôrma, 3.600 t de armação, 242 mil m³ de escavação e 300 mil m³ de reaterro.
TKCSA EM SEPETIBA
Um contingente de 2.100 pessoas integra a equipe que a Mascarenhas Barbosa Roscoe mantém nas obras da Companhia Siderúrgica Atlântica, um dos maiores empreendimentos do gênero, no País, nos últimos anos. A empresa é a responsável pelas obras civis da aciaria, que vai produzir lingotes de aço de alta qualidade. O período de implantação no cronograma é de junho de 2007 a maio próximo.
As obras da aciaria, às margens da Baia de Sepetiba, no Distrito Industrial de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, desenvolvem-se em terreno de 9 milhões de m². "Milhares de trabalhadores e máquinas estão respondendo ao desafio da implantação naquele prazo", revela a empresa.
Nessa primeira etapa de operação, a siderúrgica produzirá 5 milhões de t de aço em placas de alta qualidade por ano, afirma o gerente do contrato, Annibal Ferraz. Ele informa que o contrato de 20 meses com a Thyssenkrupp previu o emprego de engenharia arrojada. E vários fatores contribuempara isso: o solo é de baixa resistência, o planejamento executivo tem várias interfaces complexas e os prazos são exíguos. "Isso, entretanto, permitiu à Mascarenhas demonstrar toda a sua expertise em empreendimentos industriais desta magnitude". Ferraz ressalta que 97% das obras já estão concluídas e que os números são muito expressivos: foram 87 mil m³ de concreto estrutural, 3.500 m³ de concreto magro, 150 mil m² de fôrma; 5.200 m² de fôrma deslizante; 50 mil m² de andaime tubular, 1.450 t de cimbramento; 12.500 t de armação, 10 mil m² de parede diafragma, 1.000 t de inserts e chumbadores; 400 mil m³ de escavação/reaterro; 70 mil m² de rebaixamento LF profundo e 75 mil m² de área construída.
Dentre as obras principais se incluem a execução de 90 blocos de fundação em concreto armado para o prédio principal, dois convertedores, duas máquinas de lingotamento contínuo de placas, duas linhas na área de corrida, nove carros de transferência, um sistema completo de tratamento de RH e um sistema completo de tratamento AHF.
Nas construções periféricas, a Mascarenhas executou um poço de carepa, um poço de recebimento de material, um sistema de silos de armazenamento, dois sistemas de despoeiramento primário e um sistema de despoeiramento secundário.
A empresa desenvolveu, ainda, durante toda a obra, programas de redução de impacto no meio ambiente, com lixo comum, madeira, restos de construção gerenciados do início ao fim do processo. Ao mesmo tempo, cuidou da segurança do trabalho. "Foram mais de 4.200.000 h/homens trabalhadas sem acidentes com afastamento", diz.
A empresa também desenvolveu programas de valorização dos funcionários como o Programa "Quero Mais", que oferece escolas de alfabetização e reforço escolar dentro das obras, com aulas ministradas por profissionais contratados ede parceria com o Sesi.
"Já no Programa Vida em Movimento, oferecemos aos funcionários, a ginástica laboral, que é praticada em todas as obras da Mascarenhas e cujo foco é a ergonomia. Professores de educação física foram contratados para orientar e acompanhar o desenvolvimento das atividades profissionais, atenuando a incidência de acidentes de trabalho causados pelo esforço físico sem preparação", observa o gerente. Segundo ele, as ações do programa promovem maior disposição para o trabalho, melhora da capacidade respiratória, além da possibilidade de melhor integração e descontraç&atil
de;o no ambiente de trabalho.
BELOCAL
A Mascarenhas Barbosa Roscoe concluiu, em março deste ano, as obras civis para implantação do Projeto Forno VI e da Britagem de Calcário Limeira, da Mineração Belocal, em Arcos (MG). Para encerrar essa última fase dos trabalhos, iniciados em 2007, e entregar a obra, conforme o contrato, para a Belocal, a Mascarenhas desenvolveu toda a montagem mecânica e realizou os testes operacionais previstos nos projetos.
O gerente de contrato da obra, engenheiro Paulo Faria, diz que um dos aspectos mais interessantes e desafiadores da obra foi a construção da estrutura de concreto armado da torre de transferência. Ela exigiu um projeto específico e arrojado, que foi elaborado pelo departamento de engenharia da construtora, que optou pelo emprego de peças pré-moldadas para executar essa estrutura. "As peças foram fabricadas na obra e montadas pela própria equipe da Mascarenhas, com o auxílio de um guindaste", informa o engenheiro.
Outro aspecto da obra foi a execução de silos de concreto armado para estocagem de calcário. Nessa etapa, a Mascarenhas optou pela execução de silos de paredes planas e de paredes circulares, utilizando fôrmas deslizantes.
O gerente de contratos ressalta que, na execução dessas obras civis, com valor total de contrato de quase R$ 20 milhões, uma das maiores preocupações da Mascarenhas foi a segurança de seus trabalhadores. "A empresa atingiu um período máximo de 41.078 horas trabalhadas sem acidente de trabalho", observa Faria. Na fase de maior produção concentrou 350 funcionários.
Entre os principais quantitativos da obra estão 10.300 m³ de concreto; 29 mil m² de forma e 870 mil kg de armação.
Fonte: Estadão