O Grupo Sany cedeu à Tokyo Electric Power Company uma bomba lança de concreto de 62 metros, de cerca de um US$ 1 milhão, para injetar água nas unidades da Usina Nuclear de Fukushima.
O equipamento, modelo SY5502THB 62B, entrou em operação no dia 31 março, injetando água para resfriar a unidade de número 4 da usina. Graças à utilização dessa tecnologia, o processo de resfriamento foi bem sucedido e possibilitou a desativação do reator. Apelidada pelos japoneses como "girafa gigante", a bomba recebeu dispositivos para monitorar a radioatividade, além de uma câmara para visualizar o local. A escolha do equipamento da Sany foi motivada pelas características técnicas e pelo grande alcance, pois o reator possui 46 metros de altura e havia a necessidade de manter uma distância de 14 metros.
Além disso, os riscos de exposição dos operadores à radiação foram mitigados pela criatividade dos engenheiros da Sany, que desenvolveram um controle remoto sem fio. Assim, os operadores poderiam manusear o equipamento a dois quilômetros de distância da usina.
Para garantir o sucesso da operação, a bomba de concreto passou por um período preparatório de oito dias, incluindo o teste de equipamento, transporte marítimo e terrestre, treinamento dos operadores e teste de injeção de água. O esforço para resfriar os reatores contou também com helicópteros militares e carros de bombeiros. A Sany detém o recorde de altura de lançamento de concreto e tecnologia reconhecida mundialmente e foi escolhida pela TEPCO para prestar auxílio durante a crise na Usina Fukushima.
Não é a primeira vez que o Grupo Sany está engajado em causas humanitárias. Em outubro de 2010, a empresa enviou um guindaste sobre caminhão, modelo SCC4000, para auxiliar no resgate dos mineiros chilenos. No Brasil, mais especificamente no Rio de Janeiro, as escavadeiras da Sany foram alocadas para prestar socorro à região serrana, vítimas das fortes chuvas em janeiro.
Bomba-lança Sany SY5502THB 62B
• Caminhão bomba lança com cinco eixos.
• Seção da barra RZ-moldada em 5, com amplo alcance e sem ângulo morto.
• Velocidade rápida de expansão, suporte unilateral adequado para construções em locais estreitos.
• Sistema de controle de consumo de energia, que alinha a potência do motor e carga da bomba, reduzindo o consumo de combustível em 20%, em média.
Fonte: Estadão