CCR diversifica portfólio para continuar crescendo

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Responsável pela administração de 1.571 km de rodovias da malha concedida nacional, a Companhia
de Concessões Rodoviárias (CCR), chega aos dez anos de atividades diversificando o seu
portfólio de serviços na área de infraestrutura

A CCR, presente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, gerindo as concessionárias Ponte, Novadutra, Vialagos, Rodonorte, Autoban, Via Oeste e, mais recentemente, a Concessionária Rodoanel, que responde pela administração do trecho oeste do Rodoanel Mário Covas, mantém uma estratégia para continuar como um dos maiores grupos privados de concessões de rodovias do País. Os investimentos da holding em 2008 somaram R$ 797,6 milhões. Até o final deste ano, ela deverá desembolsar mais R$ 1,177 bilhão em suas rodovias.
Atualmente ela participa de 40% do capital da concessionária Renovias e de 38,25% no Grupo STP, que opera os meios eletrônicos de pagamento Sem Parar e Via Fácil. Contudo, ela não para por aí.
Crescer pode significar também diversificar. Seguindo esse raciocínio, em novembro de 2006 ela assinou, com o governo paulista, o contrato da primeira PPP do gênero do País para operar e manter uma linha de metrô: a Linha 4, que estará sob a responsabilidade da Via Quatro, empresa que ela vai liderar contando com quatro sócios internacionais. A Linha 4, que ligar o centro paulistano à zona oeste,devendo atender a 1 milhão de pessoas, pode começar a entrar em operação comercial até fins do primeiro trimestre do ano, a princípio no trecho entre as avenidas Faria Lima e Paulista.
E, neste ano, a empresa deu mais um passo, em seu plano de crescimento. Em agosto último adquiriu 45% do capital social da concessionária Controlar, responsável pela inspeção veicular ambiental em toda a frota da cidade de São Paulo. Mas vale a pena lembrar que ela buscou, no mercado de capitais, outra plataforma de crescimento e de consolidação de seus objetivos. Em fevereiro de 2002 ingressou no Novo Mercado da Bovespa. Com essas e outras providências estratégicas, a CCR figura entre as companhias mais reconhecidas do mercado de capitais nacional.
Renato Vale, presidente da CCR, acredita que ela vem mantendo e aprimorando seus mecanismos de atuação na área da infraestrutura brasileira. Resume, assim, o seu pensamento sobre o crescimento da empresa: "Desde seu início, a CCR está comprometida com o desenvolvimento socioeconômico do Brasil. Ela mantém uma postura transparente, investe em projetos de responsabilidade social, cultural, ambiental e esportiva, cria valor para o acionista e, principalmente, para a sociedade e futuras gerações. Vamos trabalhar para continuar oferecendo os melhores serviços aos nossos usuários e contribuir com o desenvolvimento das comunidades, da sociedade e do País.. Esse é o nosso objetivo."
As concessionárias do Grupo CCR, seus respectivos perfis e volumes de investimentos segundo os mais recentes balanços das empresas, são as seguintes:
CC R Ponte. Desde junho de 1995, a Ponte Rio-Niterói é administrada pela CCR Ponte. Foi a primeira vez no Brasil que se constituiu o regime de concessão de uma grande estrutura rodoviária para o setor privado. O prazo contratual é de 20 anos.
A concessionária informa que executou amplo programa de recuperação, manutenção e operações; implantou modernas tecnologias e equipamentos, recursos operacionais e de controle de tráfego e colocou a Ponte Rio-Niterói entre os melhores sistemas viários do País. Recentemente, ela construiu as bases operacionais suspensas, instalando vigas de 80 m de comprimento, 4,5 m de largura e pesando 170 t. Utilizou, para isso, um guindaste cuja altura era o dobro da altura da ponte. Hoje, as bases proporcionam às equipes do SOS Usuário mais rapidez nos atendimentos e na liberação das pistas. Ao longo de 2008, o total investido pela CCR Ponte naquela e em outras melhorias, foi da ordem de R$ 13 milhões.
A Ponte Rio-Niterói tem 13 km de extensão e 10 km de acessos. Quando foi inaugurada, previa-se que alcançaria volume de tráfego de 50 mil veículos/dia. Ela acabou acelerando o crescimento da região e aquela projeção logo foi superada. Atualmente, são mais de 130 mil veículos/dia e 170 mil às vésperas de feriados e nos picos do verão.
CC R NovaDutra. Construída há quase 60 anos, a Rodovia Presidente Dutra, com 407,1 km de extensão, liga as duas regiões metropolitanas mais importantes do País: São Paulo e Rio de Janeiro. Hoje, a Via Dutra tem vários trechos com pistas marginais e movimento médio de 790 mil viagens/dia, atravessando os principais centros industriais dos dois Estados, abrangendo uma região que responde por cerca de 50% do PIB brasileiro.
Inaugurada em 19 de janeiro de 1951 com a sigla BR-02, a Presidente Dutra (BR-116 SP/RJ) é a mais importante rodovia do País. Foi projetada para substituir a antiga Rio-São Paulo, construída em 1928, da qual aproveitou apenas um trecho de 12 km. Sua construção representou um avanço na história da engenharia brasileira.
Até meados dos anos 1960, sua capacidade de escoamento era adequada ao processo de desenvolvimento do eixo Rio-São Paulo. Mas, com o aumento da frota nacional e do volume de transporte de carga, ela ficou absolutamente saturada. Foi duplicada entre 1965 e 1967 e recebeu melhoramentos. Mas, por falta de recursos do governo federal nas décadas seguintes, se deteriorou. Esse quadro só foi revertido em 1996, quando a administração da Via
Dutra foi entregue à iniciativa privada.
Com um pesado investimento, a concessionária foi responsável pela transformação da rodovia. Seu trabalho é reconhecido pelos usuários da Dutra. Em 2003, 2005, 2006 e 2007, a CCR Nova-Dutra ganhou o Prêmio NTC & Logística Fornecedores do Transporte como a melhor concessionária de rodovia, em votação realizada entre transportadores de todo o Brasil. Em 2008, foram aplicados pela concessionária R$ 157,9 milhões em melhorias.
CC R ViaLagos. A ViaLagos administra a RJ-124, Rodovia dos Lagos, com 56 km de extensão ligando Rio Bonito a São Pedro da Aldeia, passando por Araruama e Iguaba Grande. Dá acesso também a Saquarema, Arraial do Cabo, Cabonorte do litoral fluminense, onde estão os municípios de Barra de São João, Rio das Ostras e Macaé.
Com média de 12 mil veículos/dia e picos de 35 mil durante o verão e feriados prolongados, essa estrada é o melhor caminho entre a capital e a Região dos Lagos, também chamada de Costa do Sol, famosa pela diversidade de praias, lagunas e demais encantos naturais. A Vialagos a administra, desde o início de 1997.
O contrato de concessão – o primeiro do País em âmbito estadual – foi assinado em dezembro de 1996 e os trabalhos da concessionária começaram no ano seguinte. A antiga RJ-124 era uma rodovia de pistas simples, com 30 km ligando Rio Bonito a Araruama e a fama de ser a "Rodovia da Morte". A Vialagos duplicou esse trecho e construiu mais 26 quilômetros até São Pedro da Aldeia, transformando a na atual Rodovia dos Lagos.
Hoje, quem viaja pela Rodovia dos Lagos trafega por uma estrada de pistas duplas, sinalizada e pavimentada, com segurança, rapidez, atendimento médico e mecânico 24 horas e outros benefícios. Apenas em 2008, os investimentos ali aplicados totalizaram quase R$ 5 milhões. A concessionária materializou o que, antes da concessão, era um sonho de turistas, comerciantes, hoteleiros e moradores da região, que tem no turismo a sua maior vocação.
CC R Rodonorte. A Rodonorte é responsável por quatro segmentos de rodovias principais e trechos de acesso, no Paraná, com 567,78 km de extensão: BR-277 e BR-376 (ligação entre Curitiba e as principais cidades no norte do Paraná); PR-151 (ligação Ponta Grossa, Jaguariaíva e Sengés) e BR-373 (entre Ponta Grossa e o Trevo do Caetano, saída para o norte do Paraná e Foz do Iguaçu). Com movimento médio de 75 mil viagens/dia, essas rodovias são importantes corredores da produção agrícola e industrial.
Há dez anos, o governo do Paraná queria promover o desenvolvimento econômico do Estado, mas não tinha recursos suficientes para recuperar a malha rodoviária, em péssimas condições. Em 1997 repassou à iniciativa privada essa responsabilidade. Nascia, desse modo, o Anel de Integração do Paraná, pelo qual seis concessionárias, entre elas a Rodonorte, assumiram a operação de aproximadamente 2,5 mil km de estradas.
Entre os recursos aplicados na melhoria da malha viária estão a recuperação do pavimento e de acostamentos, limpeza das pistas e renovação da sinalização. A concessionária também investe em duplicações, construção de terceiras faixas e de pistas marginais, além de reforço e alargamento de pontes e viadutos. E construiu passarelas, postos de pesagem e até postos da Polícia Rodoviária Estadual. O investimento em 2008 foi da ordem de R$ 88,6 milhões.
Autoban. O Sistema Anhangüera-Bandeirantes, administrado pela CCR AutoBAn, é composto pelas Rodovias Anhangüera (SP-330), Bandeirantes (SP-348), Dom Gabriel Paulino Bueno Couto (SP-300) e a interligação Adalberto Panzan (SPI-102/330), em um total de 316,8 km de extensão.
Com movimento médio de 370 mil viagens/dia, o sistema desempenha papel fundamental no transporte de produtos agrícolas e industriais, pois liga a capital paulista à região de Campinas, um dos pólos econômicos do País.
Desde o início da concessão do Sistema Anhangüera-Bandeirantes, a situação física e operacional das rodovias mudou, adquirindo novos contornos graças aos investimentos aplicados pela CCR AutoBan em novas construções e obras de melhorias, ampliações, modernização do sistema operacional, infra-estrutura, conservação, fiscalização, modernos sistemas de monitoramento das rodovias e em ações sociais. Apenas em 2008, as obras e melhorias realizadas pela concessionária somaram mais R$ 286,6 milhões.
Atualmente, a principal obra da CCR AutoBAn é o Complexo Anhangüera, conjunto de obras de ampliação e reformulação do tráfego desde a Ponte Atílio Fontana, na Marginal Tietê, em São Paulo, até o km 19 da Via Anhangüera, região de Osasco. Com um investimento de R$ 270 milhões, estão sendo construídos novos acessos, novos viadutos, pontes, pistas marginais e passarelas para o conjunto desse sistema viário. Em dezembro de 2006, o governo paulista estendeu o prazo de concessão da CCR AutoBAn por mais oito anos e oito meses. Com essa mudança, o contrato só terminará em 2026.

CC R ViaOeste. O Sistema CastelloRaposo, administrado pela CCR ViaOeste, integra as rodovias Castello Branco, Senador José Ermírio de Moraes, Raposo Tavares e Dr. Celso Charuri. Esta foi entregue em junho de 2003 e interliga a Senador José Ermírio de Moraes e a Raposo Tavares.
Com movimento médio de 600 mil viagens/dia, os 168,62 km de rodovia administrados pela concessionária ligam a capital ao oeste do Estado, beneficiando mais de 13,5 milhões de habitantes, moradores de 15 municípios.
A empresa opera o Sistema Castello-Raposo desde 1998, quando venceu a licitação promovida pelo governo paulista para operação e manutenção desses trechos de rodovias. Após sete anos de operação, em 2005, a concessionária foi adquirida pela Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR).
A CCR ViaOeste promoveu uma série de mudanças em sua administração, adotando o sistema de atendimento nas estradas, SOS Usuário, e desenvolvendo projetos de responsabilidade social.
Desde o início da concessão, ela fez um pesado investimento no Sistema Castello-Raposo. Os recursos foram destinados principalmente a obras tais como a na Rodovia Castello Branco. Essas pistas reduziram em 85% o tempo gasto no tráfego entre a região de Alphaville e São Paulo. Outras obras executadas pela concessionária foram a duplicação de mais de 30 km da Raposo Tavares e a construção da Dr. Celso Charuri, via que contorna a cidade de Sorocaba e desafoga o tráfego local. Em 2008, o montante investido nas rodovias da concessionária foi de R$ 56 milhões.
Recentemente, a concessionária oficializou, em parceria com o governo do Estado de São Paulo, a implantação do Projeto Cebolão, um plano para a região Oeste da Capital, que que deverá benefic

iar mais de 2,5 milhões de pessoas e terá investimentos de R$ 179 milhões. Fazem parte do projeto uma nova ponte no Complexo do Cebolão, a manutenção e recuperação de parte da Marginal do Tietê e a construção de um trevo para as cidades de Jandira e Itapevi. O projeto prevê ainda mudança nas praças de pedágio. Em dezembro de 2006, o governo paulista estendeu o prazo de concessão da CCR ViaOeste por mais quatro anos e nove meses. O contrato, agora, encerrar-se-á em 2022.
Rodoanel. A concessionária CCR-RodoAnel responde pela administração dos 32 km do trecho oeste do Rodoanel Mário Covas, via que integra as rodovias Raposo Tavares, Castello Branco, Anhanguera, Bandeirantes e Régis Bittencourt, por onde passam 240 mil veículos/dia. O contrato de concessão tem o prazo de 30 anos e prevê investimentos de R$ 465 milhões. Em 2008, a concessionária investiu R$ 95,5 milhões no trecho.
A companhia é formada pelas empresas CCR (95%) e Encalso Construções (5%). O Consórcio Integração Oeste, formado pelas duas empresas, venceu a licitaçãopara operação do trecho em março de 2008, após apresentar a menor proposta para a tarifa de pedágio. O consórcio propôs R$ 1,1684, o que ficou abaixo dos valores apresentados pelos concorrentes, representando um deságio de 61% em relação ao teto de R$ 3 estipulado pelo governo de São Paulo para a disputa.
O Rodoanel marca a retomada do Programa de Concessões de São Paulo e representa uma das principais soluções para o tráfego na Região Metropolitana de São Paulo. Com o pagamento da outorga de R$ 2 bilhões, o Estado terá os recursos suficientes para concluir a construção do trecho sul do Rodoanel, que será um importante eixo para o escoamento da produção agrícola e industrial da Região Oeste em direção ao Porto de Santos. A rodovia também ser fundamental para a diminuição do número de caminhões nas marginais Tietê e Pinheiros e na avenida dos Bandeirantes, da capital paulista.
Renovias. Em 2008 a CCR adquiriu 40% do capital da concessionária Renovais. As rodovias administradas atualmente pela empresa totalizam 345,6 km de extensão, ligando a cidade de Campinas até o sul de Minas Gerais.
Com distribuição de 220,5 km de pistas duplas e 125,1 km de pistas simples, a malha viária faz interface com 15 municípios: Campinas, Jaguariúna, Santo Antônio de Posse, Mogi Mirim, Mogi Guaçu, Estiva Gerbi, Aguaí, Casa Branca, Mococa, Espírito Santo do Pinhal, São João da Boa Vista, Águas da Prata, Vargem Grande do Sul, Itobi e São José do Rio Pardo.
O contrato de concessão da Renovias foi assinado em abril de 1998 e o término previsto para suas operações é junho de 2022. Desde junho de 2008, o capital social da concessionária passou a ser dimensionado nas seguintes proporções: 60% das ações ordinárias e preferenciais pela Encalso e 40% das ações ordinárias e preferenciais pela CCR.
ViaQuatro. A ViaQuatro é a concessionária que será responsável pela operação e manutenção da Linha 4 – Amarela do Metrô de São Paulo, o primeiro contrato de Parceria Público-Privada do gênero assinado no País. Pela linha, que liga a Estação da Luz à Vila Sônia, deverão passar diariamente quase 1 milhão de pessoas quando estiver totalmente em funcionamento, em 2013.
Durante os 30 anos de operação do contrato, a ViaQuatro deve desembolsar mais de US$ 2 bilhões em equipamentos e custos operacionais. Os primeiros investimentos foram feitos em 2007, na compra dos equipamentos e sistemas, entre eles os trens.
Os trens da Linha 4 serão equipados com o que há de mais atual em operação metroviária. Ela marca a expansão da malha metroviária de São Paulo em direção à zona sul, percorrendo o importante corredor Consolação-Rebouças-Francisco Morato. Será interligada às outras linhas do metrô, assim como à rede de trens da CPTM, melhorando a qualidade do transporte coletivo na metrópole.

Fonte: Estadão


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