Complexo eólico Rio do Vento aciona 2ª fase em 2023

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Em entrevista exclusiva à Revista O Empreiteiro, o diretor de Implantação e O&M da Casa dos Ventos, Thiago Rezende, falou sobre as obras do Complexo Eólico Rio do Vento, no Rio Grande do Norte e dos avanços da segunda fase da construção. O complexo eólico, que ocupa mais de 7.000 hectares, compreendendo os municípios Caiçara do Rio do Vento, Riachuelo, Ruy Barbosa e Bento Fernandes, está com todos os 120 aerogeradores em funcionamento, que somam 504 MW de potência instalada.

Segundo Thiago Rezende, o investimento total no Complexo Eólico Rio do Vento foi de R$ 4,7 bilhões, incluindo a primeira e segunda fase. O complexo já tem quase toda a energia que o parque gera na primeira e que ainda irá gerar na segunda fase, negociada com empresas interessadas.

“Praticamente toda a energia já está negociada por meio de contratos de compra e venda de energia, chamados de PPAs, com empresas que são grandes consumidores, como Grupo Moura, Vulcabras, Tivit, Braskem, Anglo American, Rima Industrial e Dow. Há ainda parte da energia contratada para atender ao Sistema Interligado Nacional”, informoou o diretor.

Em entrevista à OE, Rezende contou que a obra da segunda fase do Complexo Eólico Rio do Vento está em processo avançado e a previsão de início das operações da segunda fase é 2023: “Serão adicionados mais 120 aerogeradores, somando 534 MW de potência. São aerogeradores Vestas, de 4,3 a 4,5 MW, com 90 m de altura e diâmetro do rotor de 150 m”, detalhou.

A primeira fase de Rio do Vento, um dos maiores complexos eólicos do mundo, entrou em operação em 2021. A Casa dos Ventos prevê geração de 1.500 empregos diretos e 3.000 indiretos no pico das obras. Na fase de operação, é prevista a geração de aproximadamente 200 empregos diretos e indiretos de forma permanente, ou seja, ao longo de toda a vida do projeto.

Em março, a Casa dos Ventos divulgou no jornal Valor, através do diretor de Novos Negócios da companhia, Lucas Araripe, filho do fundador Mário Araripe, que “o objetivo é que a empresa se torne líder em geração renovável no Brasil”, diz. Segundo êle, até 2026 a Casa dos Ventos terá cerca de 6 mil MW de capacidade instalada – ou seja, quase um complexo hidrelétrico de Rio Madeira em energia eólica e solar.


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