A Camargo Corrêa Cimentos investirá mais de US$ 500 milhões na construção de duas unidades fabris cimenteiras – uma em Angola e outra no Paraguai.
A fábrica de Angola, com aporte acima de US$ 400 milhões, será sediada em Lobito, na província de Benguela. Com capacidade estimada em 1,6 milhão de toneladas de cimento por ano, a planta deverá gerar cerca de 500 empregos diretos. Trata-se de um dos maiores investimentos privados realizados no país nos últimos tempos.
A Camargo Corrêa Cimentos vai operar no mercado angolano com a marca Cimento Palanca. Com a implantação da unidade fabril, a companhia espera contribuir para o desenvolvimento da indústria e da sociedade locais, além de abastecer um mercado que observou altas taxas de crescimento nos últimos anos e cuja demanda era basicamente suprida pela importação, enfrentando oscilações. A unidade cimenteira deverá entrar em operação no primeiro trimestre de 2013.
No Paraguai, nesta sexta-feira, dia 30/07, a Camargo Corrêa Cimentos também prepara o lançamento da pedra fundamental para a construção da sua primeira unidade fabril da Cimentos Yguazú. O aporte, calculado em US$ 100 milhões, é o maior investimento externo direto já realizado por uma companhia internacional no país vizinho. O evento contará com a presença dos presidentes do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, e do Paraguai, Fernando Lugo.
A fábrica da Cimentos Yguazú ficará localizada na cidade de Villa Hayes, a cerca de 30 quilômetros de Assunção, terá capacidade de produzir 400 mil toneladas ao ano do produto e tem previsão de início de sua produção em 2012. No período de construção, a unidade vai gerar cerca de 1.000 empregos diretos, e a companhia vai priorizar a contratação de mão-de-obra local. Após o início da operação, a empresa deverá gerar outros 300 postos de trabalho.
Com a construção da planta, a Camargo Corrêa Cimentos pretende dinamizar a marca Yguazú, com a qual já opera no país por meio de importação, e aumentar o abastecimento do mercado paraguaio, que enfrentou diminuição da oferta do produto nos últimos anos.
"Com a construção das fábricas em Angola e no Paraguai, pretendemos, a um só tempo, desenvolver socioeconomicamente estas duas regiões, dinamizar estas economias e gerar renda e emprego à população local", visualiza José Édison Barros Franco, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa Cimentos. "E também vamos assegurar o abastecimento de cimento que possibilitará a estes países reativar com força a construção civil", explica.
Nos dois casos, a Camargo Corrêa contará com a participação de sócios locais, mas deterá controle sobre a gestão dos negócios.
Fonte: Estadão