No ano em que completa 30 anos de atividades, a fabricante de tintas Hydronorth – membro associado ao Green Building Council Brasil – sai na frente da concorrência e lança a primeira linha brasileira de produtos sustentáveis para a construção civil. A linha é composta por seis produtos – tinta acrílica de alta performance, massas, revestimento acrílico Graffiato, esmalte base d´água, verniz base d´água e impermeabilizante para Telhado Branco. São produtos com performance devidamente comprovada, que garantem baixa emissão de VOC (Compostos Orgânicos Voláteis), alta luminosidade e rendimento superior, entre outros benefícios. A nova linha estará à disposição dos compradores a partir de agosto.
Até agora, engenheiros e construtoras não tinham onde buscar um pacote de produtos que agregasse valor de sustentabilidade às obras. Por isso, a fabricante de tintas, resinas, texturas e vernizes Hydronorth acaba de lançar uma linha ecológica de produtos. Não há no País nenhum pacote similar para a construção civil.
Compõem a linha os seguintes produtos:
• Tinta Acrílica Ecológica de Alta Performance (Premium)
• Massas Ecológicas (interiores e exteriores)
• Revestimento Acrílico Graffiato Ecológico
• Esmalte Base Água Ecológico Seca Fácil
• Verniz Base Água Ecológico Seca Fácil
• Telhado Branco – Manta Líquida / Revestimento Impermeabilizante
Benefícios
• Baixo VOC (Compostos Orgânicos Voláteis)
• Sem odor (três horas após aplicação)
• Alta luminosidade, proporcionando amplitude aos ambientes e conseqüente economia de energia elétrica telhado branco
• Rendimento superior, pintando mais metros quadrados por litro de produto, melhorando a relação custo-benefício da pintura no projeto.
• Tecnologia que inibe a ação de germes, fungos, bactérias e microorganismos, algas
• Secagem final em oito horas, reduzida a 1/3 do tempo das tintas convencionais, o que maximiza a produtividade na obra.
• Altíssima concentração (no caso da tinta Acrílica Ecológica Alta Performance Premium, faz o equivalente a duas latas com o conteúdo de uma)
Segundo o químico responsável e gerente de Pesquisa & Desenvolvimento da Hydronorth, Alex Mineto, esses benefícios se traduzem em diferenciais inéditos no mercado e contribuem diretamente para as edificações sustentáveis. “As obras sustentáveis requerem em suas especificações limites para a emissão de VOC e a nova linha Hydronorth apresenta essa redução em todos os ecoprodutos”, diz. “Além disso, não estamos trabalhando com matérias-primas que sejam de fonte-petróleo, mas sim de fontes renováveis”, salienta.
Panorama
A construção civil vai se manter em alta em 2011 no Brasil. Segundo o Dieese, os empresários do setor acenam com a possibilidade de um crescimento em torno de 8,5%. Essa taxa está um pouco abaixo do resultado registrado no ano passado (11,6%), período em que o segmento atingiu o seu melhor desempenho dos últimos 24 anos. No entanto, essa estimativa indica um cenário de atividades mais favoráveis à construção civil do que o previsto na média para o conjunto de todos os setores. Justamente pela representatividade desse cenário para a economia e o conseqüente desenvolvimento do País é que a palavra sustentabilidade tem sido cada vez mais ouvida e não sem motivos: a construção civil é apontada como uma das indústrias que mais impactam o meio ambiente.
A construção civil é responsável por 25% sa emissão de gases na atmosfera, segundo pesquisas do Green Building Council (GBC), uma organização não governamental que surgiu para auxiliar no desenvolvimento da industria da construção sustentável no mundo. A análise também aponta que o segmento consome 42% de energia disponibilizada, 21% de água tratada e é responsável por gerar de 60% a 70% de lixo (entulho) no Brasil. Ainda segundo o estudo, esses disperdícios de recursos representam entre 11% a 15% do custo total da obra. Em contrapartida, a construção civil movimenta 9,2% PIB e canaliza 43% dos investimentos nacionais. Portanto, trata-se de um nicho de mercado que precisa seguir crescendo.
Para fechar esta conta, as construções sustentáveis são a resposta. Uma construção sustentável utiliza materiais e tecnologias biocompatíveis, a partir da utilização de matérias-primas que impliquem menos impacto possível ao meio ambiente, tanto no processo de aplicação como após a entrega, durante a vida útil do imóvel. Em outras palavras, uma construção sustentável deve utilizar materiais comprovadamente sustentáveis, embasados em laudos técnicos que não só confirmem sua composição menos agressiva como chancelem a obra na qual serão utilizados, conferindo um pedigree verde a essa construção. Vale salientar que, no Brasil , certifica-se que determinada construção é ou não sustentável a partir do selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), concedido pelo Green Building Council (GBC) Brasil. Outro certificador difundido no Brasil é o Aqua (Alta Qualidade Ambiental).
Mas o mercado está repleto de produtos que se apresentam como sustentáveis, mas sem laudos técnicos de órgãos idôneos que comprovem o fato. Para não praticar o que o segmento passou a chamar de greenwashing, a Hydronorth obteve validação para toda sua linha eco para oferecer aos construtores, empreiteiros, arquitetos, engenheiros e profissionais relacionados envolvidos com obras sustentáveis produtos que possam – efetivamente – agregar valor de sustentabilidade às construções.
Lei do telhado branco
O Green Building Council defende que os telhados de estabelecimentos comerciais e residenciais sejam pintados de branco para minimizar a retenção de calor e, consequentemente, os efeitos do aquecimento global. Trata-se de uma campanha mundial, promovida no Brasil pelo GBC Brasil em parceria com alguns de seus membros, entre eles, a Hydronorth. A campanha tem o intuito de reduzir a temperatura do planeta em até 1º C. Em São Paulo, o projeto de Lei 615/2009 prevê a obrigatoriedade da adoção de &l
dquo;tetos frios” para reduzir os efeitos do aquecimento. Como absorvem menos calor, as casas com telhados brancos não ficam tão quentes e, portanto, exigem um consumo de energia menor. Mas a iniciativa não para em São Paulo – a Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro também aprovou o projeto que prevê a utilização da mesma ideia nas novas construções da Companhia Estadual de Habitação (CEHAB-RJ). A proposta é que todas as edificações tenham seus telhados pintados de branco com tinta reflexiva ou que utilizem telhas de cor clara.
Por isso, a Hydronorth, ao pensar em sua linha eco, não poderia deixar de destinar um de seus produtos para esse fim. O lançamento da linha inclui o Impermeabilizante Telhado Branco, revestimento especialmente desenvolvido para a campanha mundial do GBC. O produto proporciona conforto térmico e alta refletância de luz. Também protege contra efeitos nocivos que diminuem a vida útil das telhas, como algas, fungos e umidade, mantendo a integridade e a beleza dos telhados e lajes por períodos mais longos.
Pesquisa e desenvolvimento
O lançamento da linha Ecopintura Hydronorth contou com a estrutura da área de Pesquisa & Desenvolvimento da empresa e também com a tecnologia de parcerias estratégicas, como a Dow, uma das maiores fabricantes de produtos químicos do mundo, e da Braskem, a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas.
Segundo o gerente de Marketing, Fábio Munhoz, a Hydronorth investiu R$ 3 milhões na criação de um plano específico de marketing que atendesse à demanda desse projeto, além dos aportes em pesquisa e desenvolvimento e no treinamento e contratação de novos profissionais. Com isso tornou-se apta a ser uma forte fornecedora dos mais de 2 milhões de litros de tinta estimados para serem utilizados apenas em obras sustentáveis projetadas para este ano. “O GBC Brasil tem mais de 300 obras registradas para 2011”, argumenta Fábio.
Green Building Brasil Conferência Internacional & Expo
A fabricante é membro associada do Green Building Council Brasil e nos dias 29, 30 e 31 de agosto, o GBC Brasil terá o Green Building Brasil Conferência Internacional & Expo, na Fecomércio, em São Paulo. Será o grande encontro da construção sustentável do Brasil. A Hydronorth terá participação efetiva no evento, como expositora de sua linha de ecoprodutos e também como palestrante, com o tema Novas Tecnologias em Pintura para Green Buildings. “A empresa terá a oportunidade de passar seu know-how adquirido com o desenvolvimento da linha de ecoprodutos”, explica Fábio. “As tecnologias em pinturas para Green Buildings tem evoluído rapidamente nos últimos anos.”
CASES
Ecomercado Palhano – Os ecoprodutos Hydronorth serão empregados nas obras do Ecomercado Palhano, em Londrina (PR). Trata-se de centro de gastronomia, cultura e lazer que está em construção às margens do Lago Igapó. Concebido como espaço que resgata o conceito dos tradicionais mercados municipais de abastecimento, alia uma nova proposta que agrega serviços à qualidade de vida e responsabilidade ambiental. Um centro de compras destinado ao varejo de alimentos, reunindodesde os produtos in natura até restaurantes: local onde as pessoas encontrarão também opções serviços,lazer e cultura. Com 11 mil m2 de área construída, o Ecomercado Palhano foi integralmente projetado sob os princípios de sustentabilidade, visando minimizar ao máximo o impacto ambiental, já que está localizado diante da maior área de lazer de Londrina, ao mesmo tempo em que é vetor de desenvolvimento de todo um bairro em pleno crescimento, e em região ainda em expansão na cidade. O projeto foi o vencedor do Prêmio Planeta Casa 2010, promovido pela revista Casa Claudia e Planeta Sustentável, na categoria empreendimento imobiliário.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Escritório Verde – A Hydronorth também será parceira do projeto Escritório Verde, em Curitiba (PR). Trata-se de um laboratório vivo aberto a toda a sociedade para demonstração de como é possível construir um prédio de 150 metros quadrados impactando minimamente o planeta. O projeto Escritório Verde é desenvolvido pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e pretende se tornar referência de construção sustentável para outras instituições de ensino e empresas do País. Para erguer a estrutura dentro dos princípios da construção sustentável, os organizadores estão implantando uma série de programas, produtos e tecnologias de última geração. Comuns em países da Europa, além de Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia, os Centros Universitários Sustentáveis, ou “greencampi”, seguem uma tendência global da necessidade das universidades se posicionarem diante dos anseios da sociedade por um desenvolvimento sustentável, não apenas no ensino como também em práticas internas ambientalmente corretas.
Fonte: Estadão