A construção da Linha Leste do metrô de Fortaleza (CE), cujas obras começaram no final do ano passado, agora segue de vento em popa. A previsão é de entregar o empreendimento em três anos. As obras estão sendo conduzidas por um consórcio formado pela espanhola Acciona e a empresa brasileira Cetenco Engenharia. O custo da obra é de pouco mais de R$ 3 bilhões. O projeto inclui 12,4 km de túneis, com 8,5 m de diâmetro cada, 11 estações subterrâneas e terminais de ônibus. A capacidade da linha será de 400 mil pessoas/dia. O maior desafio da obra será o desenvolvimento dos trabalhos no subsolo da avenida Santos Dumont, uma das mais movimentadas da capital cearense e que acompanha boa parte do trajeto da linha, sem que haja interrupção do tráfego. Para acelerar os trabalhos, serão empregadas quatro tunneling boring machines (TBMs) do tipo earth pressure balance (EPB). Duas serão usadas a partir do trecho do centro da cidade por onde passa a linha, na altura onde a Linha Leste se encontra com a Linha Sul do metrô já existente de Fortaleza – a meta é que os trabalhos de escavação não interrompam o funcionamento da linha em operação. Duas outras TBMs iniciarão os trabalhos a partir do meio da linha. “Nós estamos cientes de que os estudos e cálculos geotécnicos, as medidas de prevenção e controle durante a fase de execução, e também as análises das condições do solo durante a construção, são todos críticos para o sucesso do projeto e, acima de tudo, para evitar inconvenientes à população”, explica José Maria Diaz Alvarez, diretor comercial e de engenharia da Acciona. Duas TBMs, da empresa norte-americana Robbins, chegaram a Fortaleza em novembro, provenientes da China, e atualmente estão em montagem para iniciar operação. Duas outras ainda estão ainda na fábrica na China. Até o final do ano, a expectativa é que mais de 3 km de túnel já tenham sido escavados na nova linha de metrô de Fortaleza. Fonte: Revista O Empreiteiro