De acordo com a empresa de Big Data Analytics Neoway, de 2019 a 2024 serão investidos R$ 759,6 bilhões em obras no Brasil, um aumento de 5,6% em relação ao período de 2018 a 2023. Em paralelo, o governo federal espera em 2022 elevar para R$ 300 bilhões o nível de investimento em áreas como saneamento, telecomunicações e transporte.
As previsões traçam um cenário atraente para a construção no país. Para aproveitar todo o seu potencial, porém, o segmento precisa encarar um grande desafio. Somos um setor tradicional e conservador, pouco aberto à inovação.
Um estudo recente da consultoria McKinsey indicou a construção como um dos setores menos digitalizados, atrás apenas do agronegócio. O mesmo estudo apontou para a falta de coordenação entre o escritório e o campo, com o planejamento do projeto ainda hoje sendo executado, com frequência, em papel. Projetos grandes costumam ser executados num prazo 20% maior do que o planejado e concluídos com orçamento até 80% acima do previsto.
A boa notícia é que a extensão do nosso atraso dá a exata medida das oportunidades que podem se abrir para o nosso negócio. A partir do momento em que abraçarmos a cultura da inovação, que começarmos a tirar proveito das tecnologias já disponíveis no mercado, a tendência será de aumento da produtividade e otimização dos resultados.
Nossa experiência na Qualidados confirma isso. Com 25 anos de atuação em gerenciamento de projetos, obras e paradas de manutenção, nossa empresa colhe agora os frutos do investimento contínuo e sistematizado na criação e manutenção de uma cultura de inovação, que tem nos permitido promover melhorias de processos e lançar soluções inovadoras para os nossos clientes.
A indústria 4.0 não é mais futuro, é realidade. Aqueles que saírem na frente neste movimento terão resultados extraordinários a colher, agregando valor e servindo como ponta de lança para o setor.
*Luiz Henrique Costa, diretor técnico da Qualidados Engenharia