Gabrielle Pereira de Matos, 37 anos, é Engenheira de Construção EPC na Nova Engevix. Diplomada em 2007 pela Universidade Federal de Juíz de Fora (UFJF). Possui ampla expertise em gestão contratual de EPCs. Atua na coordenação, execução e controle de contratos de usinas hidrelétricas, participando de projetos como PCH Bonfante, PCH Monte Serrat, Moinho, Passos Maia e UHE São Roque.
“Me formei em Engenharia Civil no ano de 2007, pela Universidade Federal de Juíz de Fora (FJF). Sempre gostei de matemática e da área de exatas. No pré-vestibular ainda existia uma dúvida pela arquitetura, mas o leque extenso de campos de atuação foi o que me fez escolher a engenharia.
A faculdade foi uma ótima fase de aprendizado. Das 50 pessoas que entravam a cada semestre – dentre elas, poucas mulheres – algumas desistiam pelo caminho. No fim, quase todas as turmas se misturavam.
Um dos primeiros desafios da minha profissão foi o estágio no canteiro de obras das Pequenas Centrais Hidrelétricas Monte Serrat e Bonfante, em um Contrato no formato EPC (“Engineering, Procurement and Construction”) na modalidade Turn-key, cujo produto final eram as PCHs entregues completas e já em operação comercial.
Cheguei para trabalhar logo no início do empreendimento. Pude acompanhar as duas obras em paralelo e toda a execução do projeto multidisciplinar que uma hidrelétrica exige. É interessante ver as várias interfaces envolvidas e as soluções de alta engenharia que são implementadas.
Com o tempo passei pela execução de outros projetos. Comecei a atuar diretamente na gestão dos contratos, fiz MBA em Gerenciamento de Projetos pela FGV e atualmente faço parte da equipe de coordenação da Usina Hidrelétrica de São Roque, na Serra Catarinense. Atualmente, é um dos maiores projetos de infraestrutura em execução no Brasil e uma das maiores hidrelétricas em construção no Sul do Brasil. Assim que suas obras forem concluídas, ela terá capacidade de geração de 141 MW.
A engenharia é um campo que sempre esteve em destaque no mercado de trabalho. Isso se deve à necessidade constante das empresas em resolver os problemas de forma eficiente, com o menor custo possível. Posso dizer que dentre todos os serviços de infraestrutura, o de geração de energia é o principal. Não só sua geração, mas sua distribuição, presente nas linhas de transmissão espalhadas pelo Brasil.
Não custa repetir: a infra é essencial para o desenvolvimento socioeconômico de um país. Os serviços oferecidos por ela complementam um ao outro. Ela exige capacidade gerencial. Demanda planejamento e uso transparente dos recursos públicos. Precisa de mapeamento dos problemas e definição de prioridades, já que não faltam obras a executar aqui no Brasil.
É gratificante escolher uma profissão que colabora para o bem-estar da população e que ajuda a ampliar a capacidade produtiva em todos os setores.”