Segundo ele, uma recuperação mais consistente só deve ocorrer a partir do quarto trimestre ou no início de 2010.
“O certo é que o setor não deve voltar ao colapso que ocorreu em novembro e dezembro de 2008”, disse Penna.
Nos últimos meses do ano passado, as vendas de minério de ferro chegaram a cair pela metade, de 25 milhões de toneladas (média de janeiro a outubro) para 13 milhões de toneladas em dezembro.
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No primeiro semestre de 2009, houve melhora na média mensal, que foi de 19,5 milhões, sustentada principalmente pela China. O país costumava representar cerca de 35% do consumo de minério de ferro transoceânico, mas sua participação subiu a 50% por causa da retração dos Estados Unidos e dos países europeus.
Apesar na melhora nas vendas em relação ao fim de 2008, os resultados são marcados por forte oscilação: em abril, as vendas chegaram a 23,5 milhões de toneladas, mas recuaram para 15,3 milhões em maio; em junho, nova recuperação, para 21,3 milhões de toneladas. “Paramos de cair, mas estamos retomando com muita volatilidade.” Segundo Penna, o setor voltou a contratar mão de obra desde abril, com 600 novas vagas por mês . Hoje, tem 151,2 mil empregados, 6% abaixo dos 161 mil do fim de 2008.
Entre os diferentes segmentos, o de agregados da construção civil (areia e brita) foi o que menos sofreu com a crise. Sozinho, emprega 65 mil trabalhadores diretos.
A retomada dos preços das commodities metálicas nos últimos meses trouxe algum alento para as empresas, mas as cotações ainda seguem muito distantes dos níveis dos anos anteriores. O alumínio subiu 4% neste ano, mas acumula queda de 46% nos últimos 12 meses. O níquel, um dos principais negócios da Vale, subiu 15% em 2009, mas caiu 35% nos últimos 12 meses. Entre 2000 e 2009, o metal acumulou alta de 79%.
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“Estamos longe dos resultados dos últimos anos”, disse o presidente do Ibram.
Diante do novo cenário mundial, a mineração revisou suas previsões de investimento. A expectativa de investir US$ 54 bilhões de 2008 a 2012 foi reduzida em abril para US$ 47 bilhões entre 2009 e 2013. Neste ano, a Vale informou que reduziu seus investimentos a 2009 de US$ 14 bilhões para US$ 9 bilhões. Alguns projetos estão sendo alongados por causa da falta de visibilidade do mercado.
A maior preocupação do setor neste momento é em relação aos custos de produção. Segundo o presidente do Ibram, as empresas precisam fazer um esforço muito maior para serem competitivas no atual contexto econômico. “O bolo a ser dividido está muito menor.”
Fonte: Estadão