Oscar Niemeyer, criador de Brasília, mestre da arquitetura brasileira e considerado um dos maiores arquitetos de todos os tempos, faleceu hoje aos 104 anos. Seu legado, para o País e para o mundo, é um dos mais valiosos e se projetará pelas gerações vindouras, tanto do ponto de vista da criatividade, do volume de obras projetadas, quando da inteireza ética de seu caráter. Suas obras estão distribuídas por diversas regiões brasileiras, sobretudo em Brasília, onde ela se concentrou nos limites do planejamento urbano de outro gênio brasileiro, Lúcio Costa. E se distribui também pelo mundo, admirada e considerada temas avançados de estudos pelas mais diversas escolas e tendências.
Niemeyer sintonizou-se com todos os segmentos da cultura brasileira e constituiu, durante muito tempo, senão durante todo o tempo, uma preciosa fonte de informação tanto para o jornalismo diário, quanto para o jornalismo técnico especializado em engenharia e arquitetura.
A revista O Empreiteiro e, em tempos idos, a revista Projeto e Construção, mantiveram contatos com ele em diversas oportunidades. E, em todas elas, essas publicações encontraram a cordialidade do gênio e a sabedoria com que ele tratava os problemas do País e da arquitetura. Mais recentemente, quando O Empreiteiro elaborou trabalho sobre o a Cidade Administrativa de Minas Gerais, novamente ele sintetizou aspectos de sua arquitetura indicando que ela tinha fortes raízes em território mineiro com as obras da Pampulha.
Morreu o gênio. Mas, ele ficará eternizado em suas obras.
Fonte: Nildo Carlos Oliveira