MS: Reativação de alto forno expõe importância do setor siderúrgico

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A retomada da produção de ferro gusa pela empresa Vetorial em Ribas do Rio Pardo, após uma paralisação de 60 dias, está sendo comemorada. O alto forno que está sendo reativado representa apenas 25% da capacidade de toda a Companhia, que possui unidades de mineração em Corumbá e outra siderúrgica em Campo Grande.

Serão 250 toneladas de ferro gusa produzidos por dia. Um número modesto mas que retrata um sensível reaquecimento de mercado. A Vetorial manteve a produção até meados de março, quando mais de 90% das empresas similares tinham desligado seus alto-fornos no Brasil em consequencia da retração do consumo de aço em todo o mundo.

Nesse período, o grupo anunciou a redução de seu quadro de funcionários em 60%, mantendo apenas os que atuavam no setor administrativo, a maioria em férias coletivas.
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A compra de carvão vegetal, matéria prima essencial para a produção, também foi interrompida.

De acordo com nota divulgada pela empresa na época, as vendas tinham ido a zero e os estoques acumulavam três meses de produção, algo inédito para o setor.

A paralisação da Vetorial, ao lado das outras siderúrgicas do Estado, teve reflexos imediatos para a economia sul-mato-grossense. Estima-se que mais de 7 mil postos de trabalhos foram suprimidos, boa parte deles ligados à produção de carvão vegetal.

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“Deixamos de produzir 200 mil metros de carvão por mês”, diz o presidente do Sindicarv (Sindicato da Indústria e dos Produtores de Carvão Vegetal do Estado de Mato Grosso do Sul) Marcos José Brito. A queda na arrecadação de impostos nos municípios atingidos chegou a 30%. O governo do Estado estima uma perda de R$ 45 milhões em ICMS nesse período.

Números percebidos na prática, por exemplo, pela população de Ribas do Rio Pardo. O comércio local foi duramente atingido. Portas se fecharam ao mesmo tempo em que o número de desempregados aumentou a demanda social.

“Nossas vendas caíram mais de 60% em período muito curto. Quem não estava muito bem estruturado não aguentou”, relata Ivo de Souza Santos, proprietário de uma loja de máquinas e equipamentos focada no setor.

Donos de postos de combustíveis, restaurantes, hotéis, oficinas mecânicas, transportadoras, auto peças e supermercados foram os mais sofreram.

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“A inadimplência também aumentou. Essa semana, começou a melhorar mas vamos demorar um bom tempo para superar”, conclui o comerciante que espera que as autoridades percebam a importância do setor para o estado.

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Medidas extremas, como distribuição gratuita de refeições, tiveram que ser tomadas. Todos os dias eram entregues aproximadamente 100 marmitas para pessoas que, além do emprego, tinham perdido sua auto-estima. A prefeitura também lançou o programa Renda Cidadã, oferecendo uma bolsa temporária para quem se matricular em um dos cursos de qualificação profissional e prestar serviços voluntários ao município.

A situação, não muito diferente da encontrada em Aquidauana e Corumbá, só foi amenizada porque investimentos na modernização do parque industrial da Vetorial foram mantidos. “Foram R$ 15 milhões aplicados na modernização operacional e ambiental”, ressalta o diretor do grupo, Gustavo Corrêa.

Para ele, o momento difícil pelo qual a empresa passou serviu para mostrar a importância do setor para a sociedade. “Ainda assim, paralisamos depois que a maioria das siderúrgicas do Brasil e estamos reativando antes da maioria delas”, pondera.

“Se tivéssemos interrompido nossas atividades um ou dois meses antes, a degradação teria sido, talvez, irrecuperável”, alerta Corrêa. Agora, caminhões carregados de carvão vegetal voltam a circular pela cidade. Enquanto isso, 70 famílias comemoram o retorno ao trabalho na indústria. A economia volta a girar, mais lenta, mas com boas perspectivas.

“Acreditamos que em pouco tempo, a vida voltará ao normal.
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Famílias inteiras dependem da produção de carvão vegetal, da fabricação do ferro gusa ou de empregos ligados ao nosso setor. Sabemos da nossa responsabilidade e estamos trabalhando para, assim que o mercado se estabilizar, voltarmos à capacidade total”, concluiu Gustavo Corrêa.

Reflorestamento também sentiu impacto

Ao lado da indústria de papel e celulose, o setor de siderurgia a carvão vegetal é o segundo maior responsável por plantio de florestas de eucalipto em Mato Grosso do Sul.

De acordo com dados da Associação Sul-mato-grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore/MS), as empresas associadas encerraram 2008 com 21 mil hectares plantados entre novas áreas e reformas.

Os investimentos que antes eram previstos em R$ 300 milhões foram adaptados à nova realidade. A MMX suspendeu os plantios e permanece apenas com a manutenção do maciço florestal em Dois Irmãos do Buriti.
A Vetorial, que acaba de receber a certificação ISO 9001, adaptou o projeto original e deve plantar aproximadamente 3 mil hectares esse ano, contra 5 mil inicialmente previstos.

Números da cadeia produtiva siderúrgica em MS

1 siderúrgica em operação parcial (Vetorial, Ribas do Rio Pardo e Campo Grande)
2 siderúrgicas paralisadas (MMX, Corumbá e Simasul, Aquidauana)
1 siderúrgica em construção (Sitrel, Três Lagoas)
16 mil empregos diretos, sendo 14 mil ligados à produção de carvão vegetal
20 mil empregos indiretos, sendo 10 mil ligados à produção de carvão vegetal
R$ 60 milhões de arrecadação de impostos/mês
Estima-se que o setor movimente R$ 700 milhões em Mato Grosso do Sul por ano
5% do PIB de Mato Grosso do Sul

Fonte: Estadão


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