Alberto José Salum
Minas Gerais é, hoje, um dos estados da Federação, onde o poder público mais vem procurando a colaboração da iniciativa privada para o desenvolvimento de projetos que busquem o maior bem-estar da sociedade. No Estado, há respeito às cláusulas contratuais, os pagamentos têm sido feitos em dia, na ordem cronológica e com atualização monetária. – São princípios fundamentais para a saúde financeira das empresas do setor.
No entanto, por lei, temos, hoje, o intervalo de um ano para o reajustamento dos preços. Por vezes, esse período não reflete a realidade dos aumentos frequentes dos insumos. Tal fato é causado pelo aquecimento do próprio setor, que necessita, portanto, da aplicação natural do realinhamento de preços, quando necessário.
Também se tornou urgente a discussão franca sobre a remuneração das atividades da construção pesada. Temos empresas que estão frequentemente próximas da utilização de sua capacidade máxima instalada e, ao mesmo tempo, apresentando baixa rentabilidade e riscos empresariais.
Estamos preparados para superar obstáculos advindos da crise econômica mundial. Alguns efeitos perversos nos afetaram como, por exemplo, a súbita diminuição dos investimentos privados na expansão industrial e reflexos negativos nos investimentos públicos em obras.
O caminho do desenvolvimento do País passa, obrigatoriamente, pelo incremento das obras de infraestrutura. Essas, além de dar suporte a todos os outros setores, são importantes na geração de empregos, o que aquece, ainda mais, a economia.
Lembro que, em Minas Gerais, onde estavam em andamento inúmeros projetos rodoviários, de saneamento básico e de edificações, as principais obras se mantiveram. A administração do Estado continuou investindo em programas rodoviários, como o ProAcesso e o ProMG, na construção de aeroportos, pontes, edificações públicas, eletrificação, telecomunicações e saneamento. Em âmbito nacional, seguimos confiantes nos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento, particularmente, em estradas, sistemas de transporte público, saúde e habitação. Necessitamos, no entanto, de maior agilidade na execução do Programa.
Esperamos que os próximos governantes – a serem eleitos em 2010 – mantenham essa política de investimentos.
* Alberto José Salum é engenheiro civil, sócio-diretor da Vilasa Construtora e o presidente do Sicepot-MG para o triênio 2009-2012.
Fonte: Estadão