O pé de vento no aeroporto de Cuiabá

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Foto/Jornalista Evania Costa

As reformas não suportaram o vento e a chuva

 

Pode-se recorrer ao saudosismo da afirmação de que não se faz mais construção como antigamente.  E há a desculpa de que houve chuva forte, acompanhada de  um pé de vento. Sejam quais forem as alegações, o fato concreto é que parte das instalações novas do Aeroporto Marechal Rondon, de Cuiabá (MT), não suportou a ação das intempéries, segunda-feira última,  e veio abaixo.

 

Houve pânico entre os usuários que chegavam para embarcar ou que desembarcavam. Pedaços de forro de PVC voaram de um lado a outro. E, dentre os usuários mais atentos e críticos, houve aqueles que se apressaram em fazer fotos e vídeos, imediatamente distribuídos às redes sociais.

 

O que atrai a atenção é que a reforma e a  ampliação do aeroporto fazem parte do pacote de obras programadas  para a Copa do Mundo. Elas começaram, mas,  inconclusas, já desabaram.  E, os gastos não foram nem estão sendo poucos.  A Infraero informa que ali já foram aplicados recursos da ordem de R$ 98 milhões.

 

Há informações de que, tão logo acabou a Copa, com aquele resultado que frustrou até os pessimistas irrecuperáveis, os trabalhos de reforma foram  diminuindo até serem suspensos. É que o prazo do contrato firmado entre a Secopa e o Consórcio Marechal  Rondon, formado pelas empresas Engeglobal, Farol Empreendimentos e Miultimetal, havia expirado e se aguardava atendimento ao pedido para que ele fosse ampliado para mais 120 dias.

 

As partes envolvidas devem vir a público se explicar.  Afinal, não houve ali um tsumani; apenas um pé de vento tropical. Nada que não devesse estar previsto no planejamento de obras desse tipo. 

Fonte: Nildo Carlos Oliveira


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