A Petrobras está empenhada na execução do conjunto das obras do Campo de Mexilhão, na Bacia de Santos, onde deverá produzir 15 milhões de m³ de gás/dia. Para cumprir o programa de serviços com esse objetivo, que tem em vista antecipar a produção para fins de 2008 ou início de 2009, a empresa está investindo R$ 4,4 bilhões. Detalhadamente o projeto prevê as seguintes obras: Construção e montagem da plataforma Mexilhão 1 (fixa), composta de uma jaqueta e dois módulos – um para utilidades, acomodação e heliponto e outro para o processo, geração e tratamento de gás. Essa plataforma está sendo construída pela Mauá Jurong. É em aço e fixada no fundo do mar por oito estacas a uma distância de 143,2 km da costa, em lâmina d’água de 172 m, interligada a poços produtores de gás. Com altura de 227 m (182 m de jaqueta), a plataforma será a mais alta do gênero da Petrobras. O gasoduto marítimo, que ligará a plataforma à praia, será enterrado na direção do mar, até atingir profundidade de segurança. Terá diâmetro de 34” e 135,5 km de extensão. O trecho terrestre, de 7,7 km, sairá da praia e será conectado à Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba (UTGCA). Por seu turno, a ligação entre a UTGCA e o ponto de conexão do gasoduto Campinas-Rio de Janeiro, em Taubaté (SP), será feita por meio de um gasoduto terrestre, o Gastau, que passará pelas cidades de Paraibuna, São José dos Campos e Caçapava, no interior paulista, prolongando-se por 94 km. Com dutos de 28”, ele escoará a produção de gás natural da unidade de Caraguatatuba e progredirá por um túnel de 5,2 km de extensão, de modo a reduzir os impactos ambientais que poderia provocar no Parque Estadual da Serra do Mar. Para o escoamento do subproduto do gás natural (gasolina), do processo, um duto com diâmetro de 6” e cerca de 18,5 km de extensão sairá da unidade de Caraguatatuba até chegar ao terminal de São Sebastião, no litoral paulista. A UTGCA terá capacidade de processamento de 15 milhões de m³/dia de gás. Ali será feita a separação e o tratamento do gás recebido da plataforma, obtendo-se, como produtos, o gás natural especificado (GLP, gás de cozinha) e o condensado. A UTGCA terá 500 mil m² de área construída, distribuídos em terreno de 1 milhão m², em Caraguatatuba. O gás natural seguirá pelo gasoduto terrestre até Taubaté, de onde, através do gasoduto Campinas-Rio de Janeiro, será distribuído para o mercado consumidor. O GLP será retirado da unidade por meio de caminhões e transportado para as distribuidoras. Já o condensado (gasolina natural ou C5+) será destinado, por um duto, ao terminal de São Sebastião, onde será processado para encaminhamento posterior às refinarias.
Fonte: Estadão