O consórcio Grupo Unidos Por El Canal (GUPC) interrompeu as obras de expansão do Canal do Panamá por conta de um impasse com a Autoridade do Canal do Panamá (ACP). O GUPC alega aumento de US$ 1,6 bilhão no custo da obra do Terceiro Conjunto de Eclusas por conta de imprevistos no projeto por deficiências nos relatórios geológicos proporcionados pela ACP . Com isso, o prazo de entrega da obra, previsto para meados de 2015, pode ficar comprometido. O valor total do contrato chega a US$ 5,2 bilhões.
As negociações entre a ACP e o consórcio formado pela espanhola Sacyr Vallehermoso, a italiana Impregilo, a holandesa Jan De Nul e a panamenha Constructora Urbana já duram seis semanas. Segundo o GUPC, o projeto foi interrompido por não ter havido um acordo com a ACP.
Para o representante da ACP, responsável pela expansão do canal, Jorge Luis Quijano, a obra vai ser concluída no ano que vem com ou sem a ajuda da empreiteira. Segundo ele, não houve uma notificação formal da interrupção da obra, mas ele diz que o consórcio vem reduzindo o ritmo dos trabalhos desde novembro. Quijano afirma que sabe que o GUPC pediu para os trabalhadores ficarem em casa e para as subempreiteiras pararem de trabalhar.
A ACP garante que não está fechando as portas para a negociação, porém, ressalta que à medida que o tempo vai passando, menos chances de ter uma solução negociada. De acordo com Quijano, o contrato é bem claro na questão que envolve paralisação ou redução dos trabalhos, prevendo sanções que implicam a troca do fornecedor.
Impasse pode atrasar obras de expansão
Fonte: Revista O Empreiteiro