O prefeito tucano Wilson Santos não admite a existência de superfaturamento. Explica que o PAC beneficiará 78 bairros e que suas construções foram divididas em sete lotes. A execução do Lote 1, para a construção da ETA Tijucal, alcançou 70%. Os lotes 2, 3 e 4 são do setor de esgotamento e não avançaram bem: suas obras registram 5%, 8% e 5%, respectivamente.
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O Lote 5 se destina à construção da ETE do Ribeirão do Lipa e esgoto na região oeste, mas não saiu do papel. Os lotes 6 e 7 são abrangentes, incluem passarelas, drenagem, esgoto e pavimentação e estão empacados em 3%.
O ‘quê’ da questão é uma cifra considerável. Quinze milhões quatrocentos e vinte mil reais não é diferença qualquer na prestação de contas de obras públicas, nem mesmo em se tratando do milionário PAC.
Esse seria o montante superfaturado pela prefeitura na ampliação do sistema de esgoto e de águas de Cuiabá. A afirmação consta de três relatórios técnicos da CGU. Wilson nega, desqualifica a CGU e se diz vítima de perseguição politiqueira do ministro Márcio Fortes (das Cidades) e de seu secretário-executivo e braço-direito, o cuiabano Rodrigo Figueiredo.
Contestação à parte, Wilson botou sua equipe econômica para queimar pestanas nesse fim de semana na elaboração de um calhamaço para se justificar perante Dilma Rousseff. Se a papelada mostrar que há lisura na aplicação dos recursos, tudo bem. Em caso contrário, adeus, PAC. Argumentos políticos não convencem a assessora de Dilma Rousseff, Miriam Belchior, encarregada de depurar as centenas de denúncias de má aplicação dos recursos do PAC Brasil afora.
A divergência é grande. Para a CGU, além de outros descompassos do pequeno percentual de obras, o PAC em Cuiabá não cumpre recomendações do Tribunal de Contas da União (TCU), e alguns itens de sua execução têm preços acima daqueles estabelecidos regionalmente pelo Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi).
Numa entrevista onde tentou ser didático, Wilson fez um histórico do saneamento em sua administração. “Na minha administração, o tratamento de esgoto (em Cuiabá) subiu de 15% para 35%. Com o PAC, alcançaremos 84% e universalizaremos o tratamento de água”, citou. O prefeito muda o tom ao ouvir a palavra superposição de preço. Calmo em suas explicações, eleva a voz para rebater os relatórios da CGU, “sou perseguido pelo Rodrigo Figueiredo, que durante a campanha em 2008 subiu no palanque do meu adversário e disse que eu e Ronaldo Fenômeno estávamos acabados”, desabafa.
Quanto a superfaturamento, Wilson admite que desconhece o assunto. “Quem paga a obra é a Caixa Econômica, e quem vistoria os serviços é a Unidade de Execução Local do PAC, que tem um Grupo de Acompanhamento formado por representantes da prefeitura, Sanecap, UFMT, CGU, TCU, Ministério Público e Procuradoria Geral da República”, defende-se.
Fonte: Estadão