Construtora fez adequações técnicas para conduzir melhor os serviços
Com término previsto para fevereiro de 2018, seguem as obras do BRT (Bus Rapid Transit) de Belém (PA). Os trabalhos tiveram início em janeiro de 2015 e encontram-se na fase 2, executado pela Paulitec Construções, ligando trecho de mais de 13 km entre o Complexo Viário do Entroncamento com o distrito de Icoaraci. A fase 1, de São Brás ao Complexo Viário Entroncamento, de cerca de 10 km, já foi concluída.
A construtora explica que precisou adequar técnicas construtivas para a condução dos serviços. Fatores climáticos (como a grande incidência de chuvas), necessidade de treinamento da mão de obra, fornecedores, subempreiteiros locais, e mesmo a escassez de alguns insumos na região, levaram a um imprescindível estudo apurado para manter o cronograma e a qualidade da construção. “Foi necessário programar todas as concretagens no período da manhã porque por aqui chove quase todo dia no final da tarde”, explica o engenheiro Césare Galluzzi, gerente de produção da obra.
O escopo do contrato atual da Paulitec, assinado com a Secre-taria Municipal de Urbanismo (Seurb), envolve a construção de 11 estações, três terminais, um viaduto e a reurbanização da Avenida Augusto Montenegro (percurso do BRT), incluindo drenagem, pavimentação, iluminação e paisagismo.
A construtora executa um amplo escopo de serviços nesta etapa de implantação do BRT de Belém, como, por exemplo, a canaleta de circulação exclusiva dos ônibus padrão BRT, construída em concreto, sobre base de concreto rolado (CCR); e pistas multifaixas para o tráfego convencional de veículos construída em pavimento flexível tipo CBUQ, sobre sub-base e base de brita graduada.
A obra exigiu também estudos de tráfego e manutenção da mobilidade local, uma vez que transcorreu sem interromper o tráfego nas vias, informa a Paulitec.
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Outra providência foi o desenvolvimento de um traço específico de concreto na execução do pavimento rígido.
“Foram contratados consultores especialistas locais, que indicaram a utilização de elementos complementares, tais como sílica ativa e de fibras de polipropileno, que minimizam os efeitos da retração, sem perder a eficiência do concreto aplicado”, conta Césare.
Os três terminais de integração – Mangueirão (de acesso ao estádio), Tapanã e Maracacuera – estão sendo construídos em estrutura metálica, com acessibilidade para pessoas com necessidades especiais através de plataformas elevatórias para cadeirantes, e maior conforto dos usuários com a construção de bicicletários.
Foram previstos elementos da cultura local no projeto arquitetônico do sistema, como no caso da estrutura metálica que dá formato ao terminal Mangueirão, que remete à graúna, ave da região.
As 11 estações duplo-ataque de embarque e desembarque de passageiros também incorporam a acessibilidade com plataforma elevatória para usuários com dificuldade de locomoção.
Além disso, ciclovias e calçadas sinalizadas conforme as normas permitem a locomoção segura de pedestres; além de iluminação pública e paisagismo; e construção de obras de arte com o objetivo de ordenar o tráfego de veículos nas intersecções da Avenida Augusto Montenegro com a Avenida Independência.
A estimativa é de que o BRT, após devidamente implantado, transporte 800 mil passageiros por dia, e reduza em aproximadamente 60% o tempo de viagem no trecho envolvido.
O modal vai gerar importantes benefícios.
Segundo o engenheiro Cláudio Soares, gerente do contrato, “a implantação do sistema BRT na Avenida Augusto Montenegro é um marco para a região, principalmente do ponto de vista da mobilidade urbana. O novo sistema é moderno e efi ciente, oferecendo conforto aos usuários com veículos articulados dotados de ar condicionado e internet”.
Cláudio cita também o aspecto social na geração de empregos: “Durante as obras tivemos mais de 1.200 funcionários diretos, além dos empregos indiretos gerados pelo empreendimento. Destaca-se também a contratação de ex-catadores de lixo, provenientes de um degradado lixão fechado pela prefeitura de Belém.”