Trecho da BR-101, entre os km 46,35 e km 92,21, nos municípios de Rio Largo, Messias e Flexeiras, no centro-norte do Estado de Alagoas, recebe obras de duplicação e restauração com emprego de pavimento de concreto.
Os trabalhos devem terminar em maio de 2018 e se referem ao lote 3 de obra do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), realizados pela construtora SA Paulista.
Hoje a obra está com pouco mais de 70% executada. Há sete obras de arte especiais novas e três existentes recebendo reforço e alargamento. As obras novas incluem passagens inferiores; pontes sobre o rio Mundaú; viaduto sobre ferrovia desativada e viaduto na altura do acesso a Murici.
As obras de melhoria em estruturas existentes também envolvem ponte sobre rio e viaduto sobre ferrovia desativada.
Fabiano Ranna, diretor de obras da SA Paulista, conta que no encontro do viaduto de Murici, houve a necessidade de se fazer uma contenção em solo reforçado, que consiste na execução de um maciço composto por placas pré-moldadas de concreto, que funcionam como face da contenção. “A pressão do sistema é distribuída em tirantes, presas às placas que são colocadas dentro do solo na medida em que este é compactado durante a execução. Elas resistem aos esforços por conta do atrito desenvolvido no maciço”, expõe.
O engenheiro relata, porém, que a atividade mais expressiva é a execução do pavimento rígido de concreto. A confecção da placa inclui uma série de materiais e serviços, dentre eles destacam-se barras de transferência, cimento, lona plástica, aço CA 50, treliça, concreto, cura química, corte de juntas etc.
– o que requer uma boa gestão de logística.
“Apesar de executar a placa com equipamento sofisticado, este serviço envolve muitos trabalhadores treinados nas tarefas. Para a execução da placa se utiliza um concreto com consumo mínimo de 350 kg/ m³, com resistência a tração na flexão de 4,5 Mpa”, relata Fabiano.
Após 6 horas da aplicação do concreto, é necessário executar o corte transversal/longitudinal na superfície formando as placas.
“Este corte é essencial, pois induz a trinca no ponto projetado”, esclarece. “Além disso, a norma estabelece que a placa de concreto obtenha um índice de irregularidade inferior a 240 mm/km.
Todos esses fatores tornam complexa a execução da placa de concreto.
”
A obra no trecho da BR-101 em Alagoas entrou no pico entre os meses de janeiro a abril deste ano. Na época, 550 funcionários e 300 terceirizados se envolveram nos trabalhos.
Atualmente, a obra tem 320 funcionários e 250 terceirizados, com 150 equipamentos em operação.
Um estudo aponta que o movimento de veículos por hora em alguns pontos do trecho em obras deve quase triplicar nos próximos 15 anos.
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