Plástico ganha espaço da alvenaria em obras

Compartilhe esse conteúdo

A utilização de plástico em obras de casas e prédios públicos está ganhando terreno no Brasil. De acordo com dados da Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos (Almaco), o setor de construção civil respondeu por 49% do volume total de 210 mil t consumidas no ano passado. O setor de compósitos de poliéster (matéria-prima para plásticos de construção) faturou R$ 3,25 bilhões no ano passado, crescimento de 9% sobre 2012. A estimativa para este ano é de crescimento de 11,5% no faturamento e de 2,9% no consumo de matéria-prima.

O presidente da entidade, Gilmar Lima, diz que o uso do plástico na construção civil está sendo ampliado para outras aplicações, além das tradicionais. “O mercado deixou de ficar focado apenas em itens considerados commodity nesse mercado, como caixas d´água, piscinas, banheiras etc.”, explica Lima. Segundo ele, ainda há muito espaço para crescimento na construção civil.

Lima conta que hoje o sistema Wall System, composto de estrutura de perfil pultrudado e painel sanduíche de lâminas de compósitos reforçados com fibra de vidro, é empregado em paredes e forros com vantagem sobre a construção convencional. Ele diz que já se estuda a aplicação da matéria-prima na confecção de portas e telhas.

As edificações feitas com o sistema, segundo o presidente da Almaco, não geram entulho, nem sobra de material. Garantem conforto térmico e acústico e baixa manutenção. As placas são confeccionadas sob medida e já são instaladas com tubulações de hidráulica e elétrica.

Creches

O presidente da Almaco também é o diretor geral da MVC Soluções em Plásticos, empresa do segmento de plástico de engenharia, que pertence à Artecola e Marcopolo. A MVC venceu concorrência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para construção de 350 creches com 1.200 m², oito salas de aula, em nove estados, com prazo de entrega de sete meses. “Se a construção fosse feita de alvenaria o tempo de construção seria de dois anos”, compara Lima.

Pelos cálculos do executivo, até meados de 2015, o projeto irá consumir 45 mil t de compósitos. “Quase 20% do consumo total do mercado em 2013”, ressalta.

O diretor da MVC diz que a empresa também é homologada pela Caixa Econômica Federal (CEF) para construir casas para o programa Minha Casa, Minha Vida. “Já estamos nesse programa há cerca de três anos.” Segundo ele, as construtoras compram da MVC o “kit casa”, com financiamento da CEF.

O executivo explica, no entanto, que toda a fundação, infraestrutura, piso e muro das edificações ainda são feitos da forma tradicional.

Em 2013, a empresa teve faturamento líquido de 272 milhões, crescimento de 78% sobre o ano anterior. Em 2013, a empresa informa que construiu em todo o Brasil mais de 100 mil m² com a tecnologia Wall System, entre escolas, creches e casas. (José Carlos Videira)

Fonte: Revista O Empreiteiro


Compartilhe esse conteúdo

Deixe um comentário