Reconstrução Porto de Itajaí: Debate sobre substituir consórcio privado por obras do exército

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Reconstrução Porto de Itajaí: Exército como Alternativa à Crise da Obra

O futuro da reconstrução do Porto de Itajaí está em debate, com uma proposta polêmica que visa acelerar a obra paralisada. A senadora Ideli Salvatti (PT), líder da bancada governista, lançou a ideia de anular o contrato com o consórcio privado e entregar a obra diretamente ao Exército Brasileiro, utilizando o expertise do Instituto Militar de Engenharia (IME).

A proposta se baseia na possibilidade de dispensa de nova licitação e no histórico do IME em obras portuárias recentes, como as realizadas nos berços do Porto de São Francisco do Sul e em Itapoá.

O Debate: Agilidade vs. Burocracia de Engenharia

A ideia da senadora foi recebida com ponderação por lideranças locais na Câmara de Vereadores de Itajaí. A principal preocupação da superintendência do Porto, do Conselho de Autoridade Portuária e da Associação Empresarial (Acii) é a necessidade de novos estudos e um novo projeto executivo para que o Exército assuma, o que poderia prolongar a espera.

A obra está paralisada devido à avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a necessidade de estacas de 50 metros de profundidade no cais, medida que o consórcio contratado considera indispensável. Ideli defendeu que o Exército tem a capacidade de reavaliar o projeto com agilidade e realizar uma obra mais barata, sem a dependência imediata da aprovação do TCU.

“O Exército pode ser uma solução mais rápida, barata e sem burocracia, pois não depende de nova licitação para começar os trabalhos. E sua competência técnica é reconhecida inclusive internacionalmente”, resumiu a senadora Ideli Salvatti.

Visão de Futuro e Concorrência Portuária

Anselmo José de Souza, presidente do Conselho de Autoridade Portuária, alertou que, embora a solução do Exército seja criativa, é crucial ter visão de futuro.

“Se o Porto de Itajaí não se estruturar desde já, a concorrência de terminais em fase de modernização, como São Francisco do Sul e Itapoá, será algo preocupante”, esclareceu Souza, reforçando a necessidade de garantir todos os investimentos necessários para o pleno restabelecimento do Porto.

O Instituto Militar de Engenharia informou que só se manifestaria após uma reunião com as partes interessadas no projeto.

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