O Porto do Itaqui, no Maranhão, administrado pela Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), tem motivos de sobra para comemorar. Apesar do momento de instabilidade vivido na economia, o porto contabilizou um lucro superior a R$ 3 milhões e um faturamento de R$ 25 milhões no primeiro trimestre, 80% se comparado ao mesmo período do ano anterior. Grande parte da receita gerada no primeiro trimestre deve-se ao armazenamento de maquinários para obras como a ampliação da Alumar, para a Vale e para a Termoelétrica Gera-Maranhão.
Este desempenho, principalmente se comparado ao período anterior, quando o porto teve prejuízo de cerca de R$ 100 mil, mesmo sem a crise, deve-se a dois motivos: o principal deles é a comparação do otimismo em relação ao crescimento do estado que se reflete na medida em que os grandes empreendimentos previstos para o Maranhão mantêm seus projetos, utilizando o porto para armazenar os equipamentos que estão sendo utilizados nas obras.
De acordo com o presidente da Emap, Ângelo Baptista, nem mesmo os efeitos da crise que reduziu a movimentação de cargas em 5% no trimestre, conseguiram afetar a saúde financeira da empresa.
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“Conseguimos reduzir custos administrativos e incrementar nossa receita com armazenagem de cargas, atividade esta que pretendemos otimizar com a construção de novas áreas para estocagem, tendo em vista uma demanda que será constante e que temos potencial para suprir. Graças especialmente a essa atividade, conseguimos fechar este valor no primeiro trimestre com um faturamento em torno de R$ 25 milhões”, declarou.
Outro fator que contribuiu para o bom início de ano foi a virada estratégica nos custos operacionais e administrativas feita pela nova gestão que incluiu redução do número de pessoal da Emap em 20%, e que, trabalha em cima, agora, de um novo plano de cargos e salários, que servirá de base também para a realização de concurso público a ser realizado ainda no segundo semestre de 2009.
Projeto de ampliação – Os planos do Porto de Itaqui de ampliar sua expansão de 3 para 6 milhões de m2 será um dos destaques na 15ª edição da Intermodal South America, que acontece de 14 e 16 de abril, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. Confirmando sua importância, o Porto chama a atenção não só por ser um dos principais fatores de desenvolvimento do Maranhão, mas por possuir características únicas que lhe dão grande vantagem frente aos demais portos brasileiros.
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Começando pelo canal de acesso, o porto é o único no mundo a possuir profundidade natural mínima de 27 metros e largura de 1,8 km.
Possui bacia abrigada, com uma variação de maré de até oito metros, seis berços de atracação de até 19 metros de profundidade na maré baixa. Sua localização estratégica, frente aos mercados mundiais da Europa e Estados Unidos, o coloca como ponto de partida preferencial, significando economia de tempo e dinheiro. Uma viagem partindo do Porto do Itaqui para os Estados Unidos representa, em relação ao Porto de Santos/SP, por exemplo, uma economia de aproximadamente seis dias, o que transformado em números, pode representar uma economia de até U$ 250 mil, já que o frete diário de um navio está variando, atualmente, entre US 10 mil a US 50 mil.
Além disso, o porto maranhense aparece como a solução intermodal para as cargas do vetor centro-norte do país, devido a uma logística multimodal excelente com rodovias, ferrovias e hidrovias, fazendo a conexão direta ao porto. O Itaqui também figura como entreposto norte-nordeste de derivados de petróleo, tendo movimentado em 2008, 6.191.938 toneladas.
E é exatamente por essas condições, extremamente favoráveis, que o Porto do Itaqui tem sido o grande responsável pela atração de grandiosos empreendimentos que aportarão no estado do Maranhão.
Recentemente o Porto assinou um convênio de investimentos no valor de 8 milhões de dólares com a Agência Internacional Japonesa de Cooperação (JICA), um braço do Banco Japonês que investe em projetos de relevância mundial nos países em desenvolvimento.
O aporte de grandes investimentos ao Maranhão é o que justifica o projeto de expansão do porto. O maior deles será a Refinaria Premium I da Petrobrás, a maior da América Latina. Pelo cronograma da empresa as operações devem ser iniciadas no segundo semestre de 2013 com o investimento previsto de U$ 19,8 bilhões de dólares, o equivalente a 224% do PIB do Maranhão.
Além da Refinaria, outros projetos já estão a caminho do Maranhão, entre eles duas Termoelétricas, uma em São Luís e outra em Miranda, no interior do Estado.
A maior delas, do grupo MPX, irá gerar energia por meio da queima de carvão mineral, que será descarregado no porto do Itaqui em navios de 80 mil toneladas.
No setor de celulose será implantada uma fábrica do Grupo Suzano Papel e Celulose, que deve investir cerca de 3 bilhões de reais.
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Fonte: Estadão