Em março de 2004, os principais acionistas da Metasa decidiram profissionalizar a gestão da empresa, o que resultou na contratação do novo diretor superintendente, Luiz Carlos de Lima, e desencadeou um processo de transição. Uma análise da linha do tempo indica que a Metasa experimentou diferentes patamares de crescimento ao optar por novos nichos de mercado, como ocorreu no caso dos shoppings centers, dos pavilhões metálicos e, mais recentemente, de pontes, viadutos e edifícios múltiplos. Hoje, entretanto, destacam-se os segmentos de estruturas metálicas para o setor de papel e celulose e a entrada no mercado de estruturas para módulos de plataformas off shore. Nesse segmento, segundo Lima, a empresa tem consciência plena da importância de ingressar em um novo ciclo de crescimento, visando ao aspecto financeiro simultaneamente à melhoria do padrão de qualidade dos seus produtos: “É, sem dúvida, a fatia de mercado de maior exigência na qualidade dos seus processos produtivos, o que coloca a Metasa como uma das duas únicas empresas, da América do Sul, qualificada para fornecimento de estruturas metálicas de plataformas marítimas”. Segundo Lima, a Metasa busca ainda diversificar seus clientes para vários setores, o que lhe dá garantia de sempre manter em carteira pedidos, independentemente de crises setoriais. Entre as principais obras desenvolvidas em 2006, destacam-se: caldeira para o segmento de papel e celulose, através da Veracel (3.500 t), Suzano (5.500 t), para a Metso Paper Sul-Americana (antiga Kvaerner); estruturas metálicas para pontes, como a Passarela Joaquim F. Macedo, em Rio Branco/AC, com 420 t, para a Construtora Cidade; 4.500 t de estruturas metálicas, para a Sandvik MGS e a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), para a Mina de Bauxita Paragominas; e 4.500 t de estruturas metálicas que compõem a plataforma de petróleo off shore P-53. Para atender a essa demanda, ela conta hoje com aproximadamente 600 colaboradores e com duas unidades fabris, uma em Marau/RS e outra em Santo André/SP, além do escritório comercial em Porto Alegre/RS. A planta de Marau está sendo ampliada, que entra em 2008 com uma capacidade de produção duplicada, aproximadamente 3.500 t/mês. A produção extra desta unidade será destinada ao mercado nacional. Setores como de papel e celulose, petroquímico e do petróleo apresentam uma forte demanda por estruturas metálicas. A empresa, de acordo com seu diretor, está otimista em relação aos resultados previstos para 2007 e as tendências para 2008. É que está convencido de que “a Petrobras e a CVRD sustentarão os ciclos de investimentos, bem como os segmentos de mineração, papel e celulose, usinas de energias alternativas e petroquímicas que possuem grandes projetos em desenvolvimento”.
Fonte: Estadão