A Tractebel Energia vai investir R$ 3,6 bilhões em três plantas de geração de energia. A empresa vai construir uma termelétrica a carvão, no Rio Grande do Sul, um complexo eólico, na Bahia, e ampliar uma termelétrica a biomassa, em São Paulo. Com esses investimentos, a maior geradora privada de energia do Brasil espera diversificar seu parque gerador e oferecer mais segurança ao sistema.
As obras devem começar no segundo semestre do ano que vem, com previsão de entrada em operação a partir de 2019. A energia gerada pelas três unidades já foi comercializada no leilão A-5, realizado no dia 28 de novembro, quando a Tractebel saiu apta a comercializar 386,9 MW médios de energia.
Movida a carvão, a Usina Pampa Sul, de 340 MW de capacidade instalada, será erguida na cidade de Candiota (RS). O empreendimento deverá estar em operação em janeiro de 2019. A construção ficará a cargo da chinesa SDEPCI, que detém larga experiência na construção e comissionamento de termelétricas, com a tecnologia de ponta.
“Pampa Sul é um novo capítulo na história energética do carvão brasileiro e um passo importante para o aproveitamento do potencial existente no Rio Grande do Sul, maior jazida conhecida do Brasil”, avalia o presidente da Tractebel Energia, Manoel Zaroni Torres. De acordo com dados da Aneel, as reservas brasileiras ocupam o 10º lugar no ranking mundial, totalizando 7 bilhões de t.
Desse volume de reservas, o Rio Grande do Sul responde por 89,25%; Santa Catarina, 10,41%; Paraná, 0,32% e São Paulo, 0,02%. Somente a Jazida de Candiota (RS) representa 38% de todo o carvão nacional.
A companhia ressalta a sua experiência na operação e manutenção de usinas a carvão. Do total de seu portfolio próprio, de 7.027 MW, por exemplo, 1.119 MW são provenientes de termelétricas. Seu principal empreendimento é o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo (SC), com capacidade instalada de 857 MW. No Rio Grande do Sul, a Tractebel possui a Usina Termelétrica Charqueadas, com 72 MW de capacidade instalada. Além dessas, a empresa opera ainda as termelétricas Ibitiúva (SP), Ferrari (SP), ambas com bagaço de cana; Lages (SC), a biomassa de madeira, e William Arjona (MS), a gás natural.
Na geração de energia eólica, a Tractebel investe na construção do Complexo Campo Largo (178,2 MW). Localizado nos municípios de Sento Sé e Umburanas, na região da Chapada Diamantina, na Bahia, Campo Largo será composto por 11 parques eólicos. A energia foi vendida pelo período de 20 anos.
Esses parques, juntamente com outros cinco destinados ao Mercado Livre, compõem a primeira fase do Complexo Campo Largo, com capacidade instalada total de 326,7 MW. “O crescimento da participação de eólicas no parque gerador é um objetivo estratégico da companhia para manter a posição de maior geradora privada do Brasil”, comenta Zaroni.
O projeto Campo Largo amplia a participação da energia eólica na matriz energética do País e no portfolio da Tractebel, contribuindo para a geração de energia renovável. “Hoje, temos seis usinas eólicas em operação que totalizam 159,4 MW”, completa Zaroni.
Os parques eólicos que serão implantados na Bahia contarão com aerogeradores Alstom ECO 122, com capacidade de 2,7 MW. As torres terão 89 m de altura, com pás de 59,3 m de comprimento. O diâmetro do rotor será de 122 m.
Em operação comercial desde junho de 2009, a Usina Termelétrica Ferrari, em Pirassununga (SP), já está com suas obras de ampliação em andamento. Empreendimento de cogeração de energia a biomassa de cana-de-açúcar, a Usina Ferrari passará a ter capacidade instalada total de 80,5 MW.
Fonte: Redação OE/Tractebel
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